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terça-feira, 8 de junho de 2010

FORA CASTELO E ROSEANA

É pouco provável que o badalado impeachment do prefeito João Castelo (PSDB) ganhe corpo na Câmara Municipal de São Luís.

Na casa legislativa da Praia Grande a política é pequena. Se Castelo atender aos pleitos dos edis no varejo, como é de praxe, ninguém fala mais em apeá-lo da Prefeitura.

Dos 21 vereadores de São Luís há poucos e bons exemplos. A maioria lá é umbelina, liderada pelo pereirismo.

Ocorre que o tucano conseguiu desagradar a todos: os ricos, os pobres e a classe média. Transformou a malha viária da capital em pistas de rally. São Luís está suja, enlameada e buraquenta.

Faz todo sentido que a cidade não queira mais o prefeito. Porém, para decapitá-lo, pouco se pode esperar da Câmara.

O “Fora Castelo” teria de partir de um amplo movimento suprapartidário, que reúna anarquistas a pastores evangélicos, num clamor público pela cidade.

Castelo conseguiu o quase impossível: ficar pior que seu antecessor Tadeu Palácio (ex-PDT).

Ninguém suporta mais o estado de abandono da cidade. Esse descontentamento precisa ser canalizado para alguma ação mais efetiva.

Alguém precisa puxar. A Câmara funciona apenas como caixa de ressonância, mas o movimento geral precisa vir de fora, das ruas.

Estamos todos cansados dessa gente perversa. José Sarney está para o Maranhão assim como Jackson Lago está para São Luís. A ilha se olha no continente.

Todos os governadores nos últimos 40 anos e prefeitos da capital nas duas décadas recentes passaram pelo aval de Sarney e Lago.

A capital hoje lembra os tempos tenebrosos do ex-governador Luiz Rocha (Arena/PDS), quando nada tinha ordem nem sentido no Maranhão.

Recorda também a gestão desastrosa de Gardênia Castelo, esposa do atual alcaide, quando o povo incendiou o Palácio La Ravardière.

Seria ótimo para a capital e ao Maranhão inteiro se Castelo fosse apeado agora. E Roseana em outubro. Cassada no voto.

4 comentários:

Iran Avelar disse...

candidato-me a sua "lista de blogues" www.urbanosantos.blogspot.com
ass. iran avelar ex=pres pt urbano santos, delegado pro-flavio.

Anônimo disse...

Camarada Ed Wilson,tonou-se evidente a crise do ofício político tradicional, essa semana que se inicia tanto o teu blog quanto o do companheiro Itevaldo reforçam a necessidade de debate sobre o tema, o que gostaria de fazer alguns comentários.
Vejo que durante os últimos meses tem se acentuado o aparecimento de textos que revelam com vigor o tema da crise do ofício político tradicional no Maranhão, o qual Roseana e Castelo são a perfeita representação deste fenômeno no Maranhão, pois ambos materializam o que alguns autores tem diferidoo entre conceitos para abordar os fenômenos das transformações da política, basta notar Richard Sennet e o seu declínio do homem público, a crise do ofício político mencionada por Daniel Inerarity, a transfiguração do político Michel Maffesoli para o trato da forma do político na atual contemporaneidade, e a perspectiva espacial elaborado na obra Império de autoria de Toni Negri e Michal Hardt no trato de repercussões internacionais amplas das transformações na política internacional, além das revelações da crise da representação política mencionada por alguns autores brasileiros Marta Arretche e Marco Aureĺio Nogueira.
Nesses termos, é certo que a turma constituída por José Sarney, João Castelo, Jackson Lago e Roseana são os sujeitos que melhor representam essa crise do ofício político no Maranhão, pois revelam a impossibilidade dos mesmos em saber lidar com as novos e diferentes exigências da sociedade atual.
Estes, não conseguem abordar uma nova linguagem condizente com a paisagem cultural contemporânea que se manifesta no Maranhão.
Continuam no limbo da inoperância, da farsa publicitária, que o avanço da comunicação não permite ludibriar com tanta facilidade.
Pior, tentam a todo custo impedir o movimento incontrolável de constituição de uma nova cultura política que em paralelo aos seus mandos e desmandos, acabou sendo constituída e que nesse momento emerge com vigor nunca antes visto, uma realidade incontrolável e irreversível.
Entretanto, esse fenômeno também deve se alastrar para os paralamentos, para que a crise de representação política também possa ser superada a longo prazo.
Nesses termos, a candidatura que corre por fora do Flávio e seu grupo pode lançar-se a frente nessa empreitada e com isso, fazer com que essas transformações da política se consolidem no nosso Estado, no sentido de fazer com que o ofício tradicional da política materializado pelas figuras de José Sarney, João Castelo, Jackson Lago, Edson Lobão e outros sejam gradativamente substituídos por um novo futuro.
Ricardo André
Mestre em Gestão Desportiva pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto-Portugal

Policarpo disse...

Castelo até vai, mas Roseana tem feito um trabalho muito melhor. Castelo deixou as vias de S.Luís todas sem manutenção, já Roseana pavimentou inúmeras rodovias. Castelo não traz recursos para cá, Roseana se empenhou em trazer até empresários chineses. O que há mais para reclamar de Roseana? Os mandos e desmandos de Ricardo Murad foram resolvidos quando ela negou seu retorno a SES.

Émile Cristine disse...

Seria ótimo para São Luís se Jackson nunca tivesse sido eleito. Não canso de falar que me minha decepção é grande até hoje.