Por essas imprevisibilidades da vida, a candidatura de Marina Silva (PSB) à presidência da República tornou-se uma exigência.
Ela deve assumir o posto fortalecida, depois da comoção pela morte de Eduardo Campos (PSB).
A narrativa da candidatura de Marina será heróica e mitológica. Vetada na tentativa de criar um partido, ela resignou-se à vice na chapa de Eduardo Campos.
Marina saiu da condição de candidata viável a uma posição secundária, mesmo após o sucesso das campanhas anteriores.
Ela cometeu um gesto nobre, raro na política, terreno onde o egoísmo e a vaidade brotam como os buracos nas ruas de São Luís.
Raramente um político é capaz da resignação. O gesto de grandeza de Marina será narrado em tons de epopeia.
A tragédia e a dor serão mescladas à campanha, somadas à humildade de Marina, evangélica e ambientalista.
Emoção, aquilo que mexe nas pessoas, será o mote da campanha.
Dilma vai contra-atacar com a economia, o crédito, as bolsas para as famílias, a estabilidade.
Marina será a esperança; Dilma, a segurança. Duas mulheres e discursos distintos.
Há uma grande chance de Marina reunir a mística do Lula de 1989 e a juventude promissora do Eduardo Campos de 2014.
A campanha presidencial perde um grande homem, Eduardo Campos, e ganha uma nobre mulher, Marina Silva.
O desfecho pode ser surpreendente.
2 comentários:
Ótima dica, Luciano Nascimento.
Luciano, li o texto do Josias, mas acho que o PSB engole Marina se as pesquisas lhe forem favoráveis. Eu penso no pragmatismo eleitoral. Mesmo que Marina vá embora para a Rede, ela pode puxar muitos votos e ajudar a eleger uma boa bancada de deputados do PSB agora em 2014. Creio que isso vai contar na balança no momento de tomar a decisão.
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