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domingo, 13 de setembro de 2015

COMANDO LOCAL AVALIA GREVE DOS PROFESSORES NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS

Desde o dia 28 de maio de 2015, o Andes-SN e suas seções sindicais têm construído um importante movimento grevista pautado na “Defesa do caráter público da universidade”, “Condições de trabalho”, “Garantia de autonomia”, “Reestruturação da carreira” e “Valorização salarial de ativos e aposentados”. 

A greve, fortalecida pela unidade dos servidores públicos federais, forçou o governo a apresentar contraproposta ante a sua disposição inicial de reajuste zero e de negação dos princípios de carreira defendidos pelo Andes-SN e acordados com o governo em diversas reuniões ao longo de 2014. No Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), onde a negociação tem se dado em conjunto com as demais entidades do serviço público federal, o governo recuou da sua proposta inicial de reajuste em 4 anos e apresentou uma contraproposta de reajuste em 2 anos, sendo 5,5% em 2016 e 5% em 2017, que não repõe nem as perdas inflacionárias acumuladas desde 2010, quanto mais indicar efetivamente qualquer ganho real.

No Ministério de Educação (MEC), no tocante à negociação de nossa pauta específica, o governo propôs novamente Grupos de Trabalho (GT) para se discutir a estruturação da carreira docente, mesma proposta feita em 2012 e que não avançou porque o próprio governo não participou dos GT. O MEC afirma que o corte orçamentário de 12 bilhões do orçamento da educação não tem afetado o funcionamento das universidades e que as poucas IFES que passam dificuldades, estas decorrem da má gestão dos reitores locais. Afirmou ainda que qualquer negociação referente a financiamento deve ser feita com o MPOG.

O Andes-SN avalia que os cortes orçamentários fortalecem a estratégia do governo em privatizar as IFES, contratar servidores via Organizações Sociais (OS) e implementar a cobrança de mensalidade nas Universidades públicas, submetendo a produção de conhecimento e a formação educacional ao capital, portanto aos interesses de grandes corporações privadas nacionais e internacionais. Por isso, ressaltamos que nossa pauta vai para além da valorização salarial de ativos e aposentados, mas também em defesa do caráter público da Universidade brasileira que está sob ataque. Neste contexto, o movimento nacional se fortalece e cabe à base da nossa categoria pressionar o governo a atender nossas reivindicações.

No âmbito local, a assembleia permanente da Apruma-SS, diante da falta de resposta da reitoria a nossa pauta local de reivindicações e das diversas inseguranças jurídicas detectadas por nossa assessoria, decidiu solicitar judicialmente a revogação da Resolução CONSAD 161/2014, que trata da progressão e promoção na carreira docente, sem prejuízo àqueles que já progrediram pela mesma. Registramos que a ação dos setores governistas docentes em associação com algumas reitorias, buscando enfraquecer o movimento grevista nacional e local e suas instâncias decisórias, tem merecido o repúdio de diversos docentes que recorrem ao nosso sindicato para denunciar tais práticas. 

O Comando Local de Greve da Apruma-SS tem buscado organizar a categoria os docentes em torno dessa luta e conclama todos os docentes a comparecer na assembleia permanente, instância decisória legítima e soberana, dia 16 de setembro de 2015, às 15h, Quarta-feira, na área de vivência do Campus Bacanga da UFMA, para avaliarmos a contraproposta do governo e a continuidade do movimento grevista.

COMANDO LOCAL DE GREVE

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