Compartilhe

domingo, 7 de abril de 2013

JETHER JORAN: UMA PERDA E UM PEDIDO DE JUSTIÇA

São Luís amanheceu chocada neste domingo, quando foi confirmado o assassinato do escritor e bancário Jether Joran (foto), com um tiro na nuca, caracterizando crime de execução.
 
Jether foi sequestrado na porta da sua casa, no Cohatrac, por volta das 18h de sábado, por três homens. Seguiu-se ao sequestro uma noite inteira de tormento, até a confirmação de que o corpo fora encontrado, na Vila Kiola.

O carro dele foi abandonado no Maiobão e os assassinos não levaram dinheiro ou quaisquer outros pertences.

A família e os amigos estão inconformados e revoltados com tamanha brutalidade, porque Jether não apresentava qualquer sinal de desvio de conduta.

Ele trabalhava no Banco do Estado do Maranhão (BEM) e atualmente no Bradesco. Participou ativamente da construção do Movimento de Oposição Bancária (MOB), nos bons tempos da CUT e de tantos sonhos e conquistas feitos por idealistas no Maranhão.

Joran era escritor, autor de “Poesias revolucionárias” e de um livro sobre a religiosidade de Vargem Grande, baseada na festa de São Raimundo dos Mulunduns.

Ele tinha outra obra no prelo e muita inspiração. Vargem Grande, sua terra natal, recebe o corpo para o enterro. Todos nós clamamos por justiça, para que os assassinos sejam encontrados e julgados.

Jether foi militante do PT, gostava de poesia, da boa música, tinha sonhos e muitos planos. Deixa a esposa Jonilda e dois filhos maravilhosos.

Conheci Jether quando eu trabalhava como assessor de Comunicação no Sindicato dos Bancários, de 1993 a 1996.

Nos encontramos muitas vezes depois, sempre nos ambientes lúdicos que ele apreciava tanto, especialmente um barzinho com violão. Era um homem de hábitos simples e, até onde eu sei e conheci, de boa índole.

A morte de Jether precisa ser elucidada e os assassinos punidos. A pacata São Luís de outrora está se transformando na cidade das execuções, dos crimes de encomenda e dos assaltos que assustam a todos.

Que Deus o receba e conforte os familiares e amigos diante de uma perda irreparável. Fica uma saudade imensa e o desejo de justiça! 

Um comentário:

Escola São José Operário disse...

Ed wilson acredito que as nossas cidades estão de fato perigosas e a falta de punição e justiça tem contribuído com esse medo ou pavor que domina o ser humano é necessário agir. rezemos para que Deus conforte a família e que os assassinos sejam punidos. Um abraço Ir. Elda