Os longos e desgastantes fóruns deliberativos do PT vão esticar até março de 2010, no encontro estadual, a decisão do partido sobre a tática nas eleições majoritária e proporcional.
Enquanto o PT prorroga a conversa, o PC do B abrevia o núcleo da aliança com o PSB, sob a liderança do ex-governador José Reinaldo Tavares.
Comunistas e socialistas já tocam a pré-campanha, sacramentada na candidatura do deputado federal Flavio Dino (PC do B) ao Governo do Estado.
Enquanto o PT prorroga a conversa, o PC do B abrevia o núcleo da aliança com o PSB, sob a liderança do ex-governador José Reinaldo Tavares.
Comunistas e socialistas já tocam a pré-campanha, sacramentada na candidatura do deputado federal Flavio Dino (PC do B) ao Governo do Estado.
É o início da construção de uma terceira força política no Maranhão, alternativa aos tradicionais grupos liderados por José Sarney (PMDB) e Jackson Lago (PDT).
Flavio Dino resolveu correr o risco. E tem pressa. Ocorre que um dos seus parceiros, o PT, ainda vai passar pelo Processo de Eleições Diretas (PED) em novembro.
Sete chapas disputam o PED. A votação despejada em cada chapa vai indicar, proporcionalmente, a composição do diretório estadual.
É muito difícil afirmar quais tendências terão maioria na futura direção do PT. O partido está muito fragmentado e qualquer decisão terá de ser costurada em amplo diálogo ou no voto dos dirigentes.
Os candidatos a presidente Raimundo Monteiro, Edmilson Carneiro e Fransuíla Lopes pregam aliança com o PMDB de Roseana Sarney.
A posição de Monteiro, o candidato oficial do deputado federal Washington Oliveira, não tem maioria sequer na sua própria tendência “Construindo um Novo Brasil”, onde boa parte da militância prefere a aliança com o PC do B.
Outros dois candidatos a presidente - Augusto Lobato e Bira do Pindaré - ambos ex-integrantes do governo Jackson Lago, podem defender a aliança com o PDT ou cerrar fileiras no PC do B, dependendo dos acordos pós-PED.
Rodrigo Comerciário, ex-candidato a vice-prefeito de São Luís na chapa com Flavio Dino, em 2008, defende candidatura própria. Comerciário lidera uma chapa e promete surpreender no pleito.
A sétima chapa é exclusiva do deputado Domingos Dutra. Ele defende aliança com o PDT, mas já anunciou também que seu nome está disponível para encabeçar uma candidatura própria do petismo.
Dutra diz apoiar Lobato, mas lançou uma chapa independente, sem candidato a presidente, para garantir a sua própria cota de representação no diretório estadual.
Assim está o PT. A posição do partido sobre as eleições de 2010 só virá nas águas de março, arrastada pelas correntezas do inverno.
Sem um vereador na capital, apenas dois deputados na Assembléia Legislativa e um na Câmara Federal, o PT do Maranhão ainda é um bom partido para casar.
Tem tempo de televisão, militância e o maior cabo eleitoral do mundo: Lula.
Flavio Dino está no altar, à espera da “noiva” partidária.
Sem o PT, Dino pode até desistir da candidatura ao governo e renovar fácil o mandato de deputado federal.
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