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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

PSOL CRESCE NO PARÁ

O deputado estadual mais votado e uma senadora eleita. É o resultado eleitoral do PSOL em 2010, no Pará. Ex-prefeito de Belém duas vezes pelo PT, Edmilson Brito Rodrigues teve 85.400 votos, liderando a corrida para a Assembléia Legislativa.

Edmilson Rodrigues estava há cinco anos e meio sem mandato, após duas gestões na capital paraense, onde realizou obras importantes de infra-estrutura e saneamento básico. Ele saiu do PT na crise de 2005, junto com Heloísa Helena, ajudando a fundar o PSOL.

Ficou sem cargo eletivo e foi para São Paulo, onde concluiu o doutorado. O Pará ganha um excelente deputado, capaz de levar à Assembléia os bons debates sobre desenvolvimento sustentável na Amazônia.

A senadora eleita é Marinor Brito, ex-vereadora de Belém pelo PT. Foi a quarta candidata mais votada ao Senado, mas deve assumir a vaga porque o segundo e o terceiro colocados – Jader Barbalho (PMDB) e Paulo Rocha (PT) – tiveram as candidaturas indeferidas pela Lei da Ficha Limpa.

A primeira vaga de senador ficou com o tucano Flexa Ribeiro. Veja a votação para o Senado:

Flexa Ribeiro (PSDB): 1.817.644 votos

Jader Barbalho (PMDB): 1.799.762 votos

Paulo Rocha (PT): 1.733.376 votos

Marinor Brito (PSOL): 727.583 votos

O PT e o PMDB estão reivindicando a anulação do processo eleitoral para o Senado paraense. As duas legendas querem novo pleito, alegando que mais da metade dos votos foram considerados nulos no primeiro turno, em conseqüência da cassação das candidaturas de Jader Barbalho e Paulo Rocha.

Esse motivo, entendem os cassados, seria suficiente para provocar uma nova eleição. O tema será decidido em batalha judicial. Caso haja uma nova eleição, cogita-se inclusive o lançamento da candidatura da governadora Ana Julia Carepa (PT) ao Senado, em vez de Paulo Rocha.

Carepa foi derrotada na eleição para o governo pelo tucano Simão Jatene.

NO MARANHÃO...

Enquanto o PSOL do Pará assume o protagonismo na Assembléia Legislativa e tem a chance de emplacar uma senadora, no Maranhão o partido está mergulhado em disputas de tendências, crises e autoritarismo.

Um dos lances mais dramáticos da campanha do Partido do Socialismo e Liberdade foi o veto da direção do partido à participação da candidata ao Senado, professora Socorro, de Paço do Lumiar.

Socorro só apareceu na televisão após uma decisão judicial obrigando o partido a incluí-la na propaganda.

O resultado eleitoral do PSOL maranhense foi pífio. Formado por ex-petistas, o PSOL do Maranhão parece ter carregado o DNA da legenda matriz.

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