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domingo, 28 de outubro de 2012

CAI O PENÚLTIMO CORONEL DO MARANHÃO

Edivaldo Holanda Junior (PTC) é o prefeito eleito de São Luís, derrotando João Castelo (PSDB).

Os números:

Edivaldo: 280.809 votos (56,06%)

Castelo: 220.085 votos (43,94%)

Com a derrota de Castelo, um dos piores subprodutos da oligarquia Sarney, São Luís começa a dar as costas para os políticos arcaicos.
Os coronéis Sarney e Castelo, ao centro, começam a ruir
Castelo é o sinônimo do atraso, da incompetência e do autoritarismo. É tudo que o povo de São Luís começa a rejeitar.

O governo Roseana Sarney (PMDB) empenhou-se na campanha tucana, mas não adiantou. Os coronéis perderam.
O tempo passado no Maranhão 
Há um sentimento de renovação no eleitorado ludovicense, que pode se estender à eleição de 2014 para o governo do Maranhão.

E eleição de Edivaldo Holanda Junior não configura uma renovação ideológica de grande profundidade. Também não é uma alternância de poder entre grupos muito distintos.

É uma renovação de gerações. Um grupo mais jovem assume o poder.

Castelo foi derrotado pelos fatores que todo mundo conhece, traduzidos em uma palavra – abandono.
Castelo pediu, Roseana ajudou, mas o eleitor negou
O prefeito passou três anos indiferente à cidade. Dedicou o segundo ano do mandato – 2010 – para eleger a filha Gardeninha Castelo (PSDB) deputada estadual.

Somente no último ano (2012) Castelo resolveu “trabalhar”, reacapeando as grandes avenidas, enquanto os bairros sofriam todo tipo de maus tratos do poder público.

A Prefeitura fez algo desumano com centenas de pais e mães de família. Deixou as crianças um semestre inteiro sem aula por falta de condições estruturais nas escolas.

O prefeito não teve habilidade sequer para costurar uma coligação. Todos os partidos aliados o rejeitaram. Restou ao prefeito montar uma chapa tucana pura, com o deputado estadual Neto Evangelista de vice.

Castelo chegou ao final do mandato do jeito que começou, engolindo a própria arrogância.

A mesma arrogância do coronel-mor José Sarney (PMDB), que ainda governa o Maranhão como se fosse um feudo onde ele tudo pode e manda.

Foi com essa concepção atrasada que Castelo pôs na cabeça que poderia vencer a eleição de qualquer jeito, mas foi derrotado.

Perdeu a eleição em condições atípicas na capital, quando a regra é o prefeito garantir a reeleição ou fazer o sucessor. Tinha sido assim desde 1988, no primeiro mandato de Jackson Lago (PDT).

A derrota de Castelo é um abalo no coronelismo que amaldiçoa o Maranhão. Caiu o penúltimo. Que em 2014 venha abaixo o que restou dos escombros da política.

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