Ao conquistar o terceiro lugar na eleição, com 13,81% dos
votos, Eliziane passou a ser cortejada pelas duas candidaturas que disputam o
segundo turno na capital: Edivaldo Holanda Junior (PTC) e João Castelo (PSDB).
Para ambos, Gama já deu a resposta – vai ficar neutra.
É uma situação delicada a neutralidade no Maranhão, onde
parece haver uma linha divisória entre sarneístas e os outros agrupamentos
políticos em diferentes matizes, dos radicais PSTU/PSOL/PCB até o PSDB.
Eliziane Gama tenta posicionar-se como uma “terceira via”, aos
moldes de Marina Silva no plano nacional, como alternativa ao maniqueísmo PT x
PSDB.
Gama vislumbra um caminho alternativo aos grupos liderados
por José Sarney (PMDB) e Flavio Dino (PCdoB).
O sucesso eleitoral da então candidata à Prefeitura deu-se
pela diferença em relação aos outros candidatos, especialmente sobre o conhecimento
dos temas de São Luís e na forma de apresentação na mídia.
Na análise do debate, todos os analistas convergem –
Eliziane teve o melhor desempenho.
Cabe também observar que o feito vitorioso da candidata
ocorreu em condições adversas: pouco tempo de rádio e TV; defecções no seu
próprio partido (PPS), que preferia uma aliança com Castelo; pouca estrutura de
campanha, comparada aos maiores concorrentes; falta de apoio até dos candidatos
a vereador da coligação encabeçada por ela.
Como aditivo, teve a participação da presidenciável Marina
Silva na campanha de São Luís, com fortes declarações de apoio e caminhada na
rua Grande.
Sem dúvidas, o apoio de Marina e a performance de Eliziane no
debate foram fundamentais para alavancar a reta final da campanha, deixando
para trás o insípido candidato do PT/Sarney Washington Oliveira (WO).
Deve estar nos planos de Eliziane o ingresso em um novo
partido, que deve ser criado ainda no final de 2012, liderado por Marina Silva.
É por esse caminho que a deputada pretende voar mais
alto, sonhando, até, com uma candidatura ao Governo do Maranhão.
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