Profª Francimary M. Martins *
“...mas, eu serei o último dos helenos e o fogo das paixões
não vai destruir a beleza da cultura, porque a inteligência é eterna!” Coelho Netto
3 de novembro de 1864 – morre Gonçalves Dias
21 de fevereiro de 1864 – nasce Coelho Netto
Em perfeita sintonia astral, em 1864 um caxiense deixaria a terra dos
vivos e outro nasceria para continuar a elevar o nome dos caxienses ao Panteão
Nacional e Internacional.
Nascidos no mesmo berço, não tiveram a mesma trajetória.
Tempos diferentes, recepções diferentes, críticas diferentes.
Um ovacionado pela crítica... o outro lançado ao purgatório da crítica
modernista.
Hoje se comemora os 150 anos de nascimento de Coelho Netto, esse
escritor que poucos conhecem ou leram alguma obra sua, apesar de seu nome estar
em todos os lugares: em cidades, em escolas, em ruas, em praças, em monumentos
no Maranhão e, especialmente, no Rio de Janeiro... cidade que o abrigou desde
os 6 anos de idade.
A par de toda sorte de “momentos” por quais passou Coelho Netto, hoje é
um dia de lembrar, rememorar esse escritor que tão importante foi à sua época,
e que muito vangloriou nosso país.
Para os que não conhecem, ou pouco sabem sobre Coelho Netto, peço
licença ao professor e poeta Carvalho Junior, de Caxias, que faz uma homenagem
ao “último dos Helenos”, e aqui dizer: Eis-me
aqui, sou Coelho Netto.
“Príncipe
da Prosa
(Carvalho Junior)
de sangue
luso-silvestre,
bem sabe a princesa Caxias
a felicidade em ser mãe
honrada do literato mestre!
verde-calorosamente, a bela
capital Teresina o ama; o Rio: cidade
maravilhosa (além dos janeiros)
põe o nome dele em fama!
príncipe da prosa,
pastor das palavras
na sábia palavra
de Guimarães Rosa!
pai de tantos filhos e livros,
quem não leu e não gostou
na pedra do preconceito
e da preguiça se precipitou!
valoroso Hércules da escrita,
imponente e anoso jequitibá...
da nossa memória literária,
o gigante nunca expirará!
mano da pátria, do homem,
dos esportes, da natureza...
da cultura da nação brasileira,
viveu pra fazer essa defesa!
novembros são cebolas nos olhos
em nosso canteiro de saudades:
um levou Gonçalves Dias, outro
ao amor de Gabi deu a eternidade!
com um ou dois “tês” (ao seu crittério)...
com estilo, ele assinava
o glorioso nome: Henrique
(o máximo) Maximiano Coelho Netto.”
VIVA COELHO NETTO!
Caxienses, maranhenses, cariocas,
brasileiros...orgulhem-se de seu filho.
* Francimary M. Martins: professora da UFMA,
doutoranda em Linguística e tem como objeto de pesquisa os textos de Coelho
Netto.
3 comentários:
Obrigada meu amigo.
Obrigada meu amigo.
Orgulho quadruplicado para esta caxiense que ora comenta o texto. O homenageado é caxiense, a escritora é caxiense e foi minha aluna, o poema citado é de autor caxiense . Bela homenagem.
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