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sábado, 25 de julho de 2015

PACTO DOS CORONÉIS: JOSÉ REINALDO PREGA UNIÃO COM JOSÉ SARNEY

Sucessor de Roseana Sarney, José Reinaldo foi um dos governadores da oligarquia
José Reinaldo Tavares (PSB) é o melhor filho político bastardo de José Sarney (PMDB). Deste, obteve de presente todos os cargos que exerceu na vida: diretor do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), presidente da Novacap, deputado federal, governador do Maranhão e ministro dos Transportes.

Tavares foi um dos principais articuladores e beneficiários do poder oligárquico. Ele colaborou para a construção da fortuna familiar dos Sarney e é um dos responsáveis pela miséria e subdesenvolvimento do Maranhão.

De que maneira Tavares retribuiu as generosidades de Sarney?

Com a traição! Em 2002, depois de ser eleito governador no velho esquema oligárquico, Tavares afastou-se de Sarney e colocou a máquina pública a serviço da eleição de Jackson Lago (PDT), em 2006.

Sarney buscou a vingança. Forte no governo Lula, denunciou as falcatruas de José Reinaldo, coautor das famosas estradas e pontes fantasmas, um dos muitos sumidouros de dinheiro do Maranhão.

Resultado: José Reinaldo foi preso e algemado, em 2007, na operação Navalha. A vingança de Sarney estendeu-se até a cassação de Jackson Lago, acusado de abuso de poder político e econômico na eleição bancada por Tavares.
José Reinaldo foi preso e algemado na operação
Navalha, após investigação sobre desvio em obras públicas.
A traição de José Reinaldo teve um saldo positivo. Por uns anos, manteve a família Sarney longe da chave do cofre do Palácio dos Leões.

Nessa época, José Reinaldo escreveu inúmeros artigos acusando Sarney de todos os males do Maranhão, como se ele, Tavares, nunca tivesse colaborado e operado com o seu criador.

Depois de tudo isso, eis que a criatura mudou de ideia. Em um artigo publicado terça-feira, 21, no Jornal Pequeno, Tavares propõe um pacto pelo Maranhão, chamando José Sarney para compor “uma união de importantes forças políticas em torno de projetos fundamentais para o desenvolvimento do estado e para tirar o estado dessa situação.”

Essa situação que ele próprio foi criou e se beneficiou, às custas do sofrimento da maioria da população.

Utilizando os velhos jargões dos coronéis, Reinaldo saiu-se com essa: "Entre nós temos vários políticos de enorme prestígio, a começar pelo governador Flávio Dino e pelo ex-presidente José Sarney, juntando senadores, deputados federais e estaduais. Temos força política para, juntos nesse propósito, conseguirmos grandes avanços, desde que todos puxem numa só direção.”

O artigo de José Reinaldo não surpreende nem decepciona, porque na verdade ele nunca foi diferente de Sarney. Eles são absolutamente iguais, pertencem à elite política e econômica do Maranhão e atuaram juntos para acumular riqueza e poder.

No fundo, o texto está carregado de coerência. Se Tavares sempre compartilhou os métodos de Sarney, o ideal é que eles estejam juntos em prol do Maranhão.

Estranho seria se Reinaldo negasse o seu próprio criador. Afinal, eles se merecem e vão trabalhar juntos no pacto dos coronéis.

Para ser perfeito, só faltou um ajuste no título do artigo. Melhor seria “Pacto da mediocridade pelo Maranhão”.

4 comentários:

FRANCISCO ARAUJO disse...

Ed, você não acredita que esse pacto, que JR insiste em dizer que não é político, tenha algo de republicano? Onde fica o republicanismo nisso?

Anônimo disse...

Esqueçei vc de dizer q falar em linhagem politica e não citar o nome dos dino nesse bojo é tripudiar da inteligência de seus leitores. Os dino nada mais são do q uma dissidência do grupo sarney. Os sarney- tavares e os dino, tdos contribuiram de alguma forma p o empobrecimento desse estado. Para te reavivar a memória, o pai de Dino, qdo prefeito de joão lisboa era apoiado pelo padrinho sarney. Seja coerente blogueiro.

Ed Wilson Ferreira Araújo disse...

Nada de republicano. É puro oportunismo mesmo Francisco Araujo. E Zé Reinaldo ainda diz que o pacto não é político. É o que então?

Ed Wilson Ferreira Araújo disse...

Ao que consta, Flávio Dino nunca fez parte do esquema oligárquico liderado por José Sarney.