Após a disputa eleitoral, com a derrota humilhante do
candidato a governador Edinho Lobão, o PMDB entrou em processo de decadência no Maranhão.
Principal legenda sob o controle do coronel José Sarney, o
PMDB começa a sofrer as sequelas da ausência do poder.
O desmanche começou com a desfiliação do ex-candidato a
governador Luís Fernando Silva, que foi a palácio visitar o governador Flávio
Dino (PCdoB) e conversar sobre o futuro do Maranhão.
Luís Fernando não só deixou o PMDB, como deve migrar para a base dinista.
O PMDB também perdeu a unidade.
Na eleição para a mesa diretora da Assembleia Legislativa,
um dos principais nomes do partido, deputado Roberto Costa, assumiu o voto no
candidato a presidente Humberto Coutinho (PDT), o copiloto do governador Flávio
Dino.
A atitude de Costa provocou desentendimentos e bate-boca com
o ex-secretário de Saúde Ricardo Murad, um dos caciques do PMDB no Maranhão.
Ricardo decidiu lançar a própria filha, estreante deputada
Andrea Murad, candidata a presidente da Assembleia.
Já denominada de anti-candidatura, a postulação tresloucada
de Andrea Murad já soa como chacota nos bastidores da Assembleia, onde 40 dos
42 deputados declararam apoio a Humberto Coutinho.
Andrea Murad deve ter, no máximo, dois votos, contando o
dela.
Nem o senador João Alberto consegue dirigir a legenda.
Sem mandato, o ex-deputado federal Gastão Vieira tenta
salvar a própria pele buscando um cargo de terceiro escalão no governo Dima.
Assim segue o PMDB no Maranhão: dividido e sem comando.
Uma banda busca abrigo na base de Flávio Dino. Outra parte
aventura-se em precipícios eleitorais.
Na Assembleia Legislativa, será minoria humilhada, sem
representatividade.
Por ter sido a legenda que abrigou o núcleo duro da
oligarquia no Maranhão, o PMDB não podia ter destino mais adequado.
Está a caminho do ferro velho, como aquele carro que não
anda mais. Será cortado em vários pedaços e vendido a retalho.
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