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quarta-feira, 30 de abril de 2008

Maranhão surreal

O radialista Gilberto Lima, ex-diretor da Rádio Timbira, foi um dos mais aguerridos defensores da Frente de Libertação do Maranhão. Terminada a campanha com a vitória de Jackson Lago, travou uma guerra para ocupar espaço no governo.
Chegou à direção da Timbira, mas sempre reclamou das condições de trabalho e falta de estrutura, atritando-se com o secretário de Comunicação Zeca Pinheiro.
O ápice das críticas veio à tona quando Lima denunciou suposto pagamento “por fora” a jornalistas adversários do governo, enquanto na própria emissora havia funcionários trabalhando sem salário.
A forma como foi demitido, através de um telefonema do governador Jackson Lago, e posteriormente o envio de força policial para tirá-lo da emissora, é mais um episódio esdrúxulo do cenário político maranhense.
Ao ser comunicado da demissão, Lima começou a atacar o próprio governo que outrora defendia ardorosamente. E depois “aquartelou-se” no prédio da rádio.
Soma-se a esse episódio o artigo “Velho Escroto”, do ex-candidato a governador Edson Vidigal (PSB), aliado da Frente de Libertação, cujos ataques ao grupo Sarney foram fundamentais para provocar o segundo turno e derrotar Roseana.
No texto, publicado no Jornal Pequeno, o mais governista da paróquia, Vidigal ataca diretamente o governador com o adjetivo titulado.
Quem tem Gilberto Lima e Edson Vidigal não precisa de oposição. Só falta chamar o "Bota pra moer", personagem folclórico da Greve de 51, para carregar o estandarte da Libertação.

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