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terça-feira, 15 de abril de 2008

Novo poema de Paulo Melo Sousa

chuva torrencial
eras evaporam
sob os calcanhares da certeza
existências perdidas suplicam de mãos dadas
gotejando
misteriosa fábula
o sumo da alegria
nas vértebras do nada
o olho que tudo vê espalha infindáveis enigmas
nas perseguidas interrogações
dos últimos nautas
ecos de luz
semeiam novíssimos sóis
no impalpável terreiro da imaginação
levanta
e anda
alma
ainda sonhas,
miserável?
estradas nunca terminam

paulo melo sousa

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