No final da Era FHC, assistíamos ao desmonte de empresas estratégicas para um projeto autônomo de desenvolvimento.
Depois de privatizar a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) em circunstâncias lesivas aos interesses nacionais, FHC começou a vender a Petrobras em partes.
Nesse percurso, o Brasil entregava ao capital internacional as riquezas do subsolo e uma das principais matrizes energéticas – o petróleo.
Cenas como a perda da plataforma P-36, uma das mais importantes do país, chocavam a população. O patrimônio nacional ia, literalmente, por água abaixo.
Com a vitória de Lula, a Petrobras foi revitalizada. Os investimentos em pesquisa e o fortalecimento da empresa levaram às novas descobertas de campos de petróleo e gás natural.
Fruto da concepção de um projeto nacional de desenvolvimento, a Petrobras é hoje uma das maiores empresas do mundo.
As novas descobertas de petróleo e gás vão dar ao Brasil autonomia energética. Somam-se a esses fatores os investimentos em biodiesel, tornando o Brasil um dos maiores produtores mundiais de energia “limpa”.
Essa independência é fundamental para um posicionamento ativo do nosso país na geopolítica internacional.
Além disso, o governo Lula abriu diálogo e costurou frentes de comércio internacional com a Ásia, o Oriente Médio e a África, proporcionando novos mercados.
Quebrou-se a dependência comercial fechada ao circuito Europa-Estados Unidos.
Simultaneamente, o Brasil articula a unidade dos países latino-americanos. Política e comercialmente, o bloco dos países em desenvolvimento é essencial a uma nova configuração econômica internacional.
Investindo na macropolítica, o governo está criando as condições para resolver os problemas internos.
Os programas assistencialistas foram essenciais até hoje, distribuindo renda, aquecendo a microeconomia nos grotões do país.
Ao investir em infra-estrutura e marchar firme em um projeto sólido de desenvolvimento, o governo retomou o crescimento, ampliou o número de trabalhadores com carteira assinada, controlou a inflação e segue em frente.
A autonomia e a independência nacionais foram reafirmadas ontem, com a declaração do presidente Lula: “A Amazônia tem dono... é do povo brasileiro”, disse, rebatendo as interpretações imperialistas da mídia internacional sobre a soberania na floresta.
Essa é a questão fundamental. Há um governo do PT e das forças democráticas no comando. Fosse um projeto demo-tucano, o Brasil já teria ido a pique.
De velas içadas, vento forte, seguimos à esquerda.
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