Francisco Araújo é candidato a deputado federal pelo PT. Nascido em Itapecuru, é professor doutor da UEMA e cientista político.
Na entrevista abaixo ele apresenta propostas para a Câmara Federal e analisa a cena política maranhense de 2010.
Veja mais sobre o candidato no link abaixo:
http://votefranciscoaraujo.blogspot.com
Na entrevista abaixo ele apresenta propostas para a Câmara Federal e analisa a cena política maranhense de 2010.
Veja mais sobre o candidato no link abaixo:
http://votefranciscoaraujo.blogspot.com
Por quê você é candidato?
Francisco Araújo - A cidadania democrática é ativa, temos que nos dispor a servir a causa pública, a assumir compromissos e responsabilidades públicas. Para mim é exercício de cidadania e vontade de servir.
A atual representação parlamentar maranhense é deficiente em compromisso e em preparo (ético e/ou intelectual). Faço parte da maioria dos cidadãos maranhenses que desejam mudança e querem renovação na nossa política.
Qual o papel de um deputado federal?
Francisco Araújo - O papel do deputado federal é bem amplo. Há previsões legais, conforme expressa no Art. 51 da Constituição Federal de 1988, que é de competência privativa. Porém, é de conhecimento de todos, que o deputado tem a função de legislar (elaborar leis).
Porém, é preciso destacar o exercício de parlamentar, isto é, negociar, discutir, debater as questões de interesse nacional, de interesse público e do Estado Nacional. Isso requer capacidade crítica, de análise e de formulação. A função de fiscalizador/defensor em busca de transparência, em defesa da coisa pública e da cidadania deve acompanhar o exercício do mandato.
Quais as suas principais propostas?
Francisco Araújo - Destaco três itens, a seguir:
Redução de impostos. A carga tributária é absurda, principalmente sobre os mais pobres: aqueles que acham que não pagam impostos, porque não fazem a famosa declaração. Os impostos embutidos são vorazes e encarecem itens da alimentação básica, como o arroz. A redução de imposto contribui para melhorar a qualidade de vida, pois o cidadão fica com mais dinheiro na mão para empregar livremente em outras necessidades;
Educação – complementar o ensino regular com capacitação profissional (paralelamente e não obrigatório). Valorização dos profissionais da educação com salários dignos e compatíveis com seu grau de especialização. Escola e ensino no local onde reside o aluno;
Produção, emprego e renda – emprego para a juventude é uma questão que está se ampliando, é preciso um programa que garanta mais oportunidades aos jovens, principalmente os recém formados.
É necessário apoiar os arranjos produtivos locais e garantir a geração de emprego nas cidades mais pobres. Dinamizar as economias locais com micro-crédito e tecnologia social garante empregabilidade nos municípios e povoados. Tudo isso apoiado no princípio de sustentabilidade ambiental.
Como você analisa o quadro eleitoral majoritário de 2010?
Francisco Araújo - O quadro majoritário tanto na vertente do executivo (governador) como na parlamentar (senador) apresenta opções péssimas. O espetáculo da bizarrice. O provável inchaço populacional de uma cidade vizinha à capital foi dado como indicador de desenvolvimento, de avanço, de progresso por um candidato a senador. O outro candidato é apresentado como ícone de moralidade e bastião moral da republicana. A tendência é sermos representados por suplentes. Teremos mais senadores inoperantes e descomprometidos socialmente.
Quais as chances de renovação na política do Maranhão?
Francisco Araújo - No Executivo. A vanguarda do atraso, que se atrelou ao mandonismo de meio século, reforçou ainda mais os instrumentos de manutenção desse tipo de exercício de poder, que esvazia a política de sua verdadeira alma: a pública. Corrói a função de pública da Administração, patrimonializando e privatizando os aparelhos do Estado como bem de família.
A homogeneização e a indistinção, reforçadas pela vanguarda do atraso, ampliam as chances do continuísmo. Em 2006 sinalizei (em uma tese) como isso é bom e útil ao mandonismo. “Todos são iguais”. “Eles também estão com a gente!”. Isso foi muito mais lucrativo para o mandonismo que controla o estado do que os minutos de TV.
Aliás, que TV? Uma quantidade significativa de povoados e municípios captam os sinais de TV por antenas parabólicas e não assistem os programas eleitorais!
Aí tem um complicador. Qualquer candidatura contrária tem que ter muito recurso para se fazer presente (de forma contínua) nos municípios que concentram 70% dos votos. Quem está fora da máquina estatal tem essa dificuldade, porque não tem grandes empresas e capital produtivo fora do esquema mandonista para financiar outras campanhas. Falta presença de campanha da oposição em diversos municípios, infelizmente.
Os movimentos sociais e as organizações da sociedade civil não estão massivamente mobilizadas em sentido contrário ao mandonismo reinante. Esse poderia ser o contra peso ao poderio econômico dos donos do poder, mas apresenta muitas debilidades e está, em parte, cooptado.
A oposição fala do segundo turno como algo pré-existente (coisa certa). Falta o entendimento de que ele precisa ser construído e resta pouco tempo.
A participação de Jackson tem gerado um clima de insegurança e incerteza no eleitor. Na verdade é uma carta coringa a ser usada pelos donos do poder no primeiro ou no segundo turno, conforme o percentual de voto. Mais uma jogada “legal” pode ser articulada de acordo com a conveniência.
Só em segundo turno a oposição pode vencer e só há um candidato que pode ir para o enfrentamento sem receber acusações de um governo marcado por denúncias e que representa realmente a renovação. Sem isso, tudo caminha para a mesmice do atraso.
Resta e guardo a esperança, da ação silenciosa e soberana da vontade popular em busca de liberdade e dignidade. Com fé continuo lutando contra a permanência desses mandões que aí estão. Precisamos ter, pelo menos, a vitória política de não termos vendido nossa dignidade, nossa coerência e nossa liberdade.
Francisco Araújo - A cidadania democrática é ativa, temos que nos dispor a servir a causa pública, a assumir compromissos e responsabilidades públicas. Para mim é exercício de cidadania e vontade de servir.
A atual representação parlamentar maranhense é deficiente em compromisso e em preparo (ético e/ou intelectual). Faço parte da maioria dos cidadãos maranhenses que desejam mudança e querem renovação na nossa política.
Qual o papel de um deputado federal?
Francisco Araújo - O papel do deputado federal é bem amplo. Há previsões legais, conforme expressa no Art. 51 da Constituição Federal de 1988, que é de competência privativa. Porém, é de conhecimento de todos, que o deputado tem a função de legislar (elaborar leis).
Porém, é preciso destacar o exercício de parlamentar, isto é, negociar, discutir, debater as questões de interesse nacional, de interesse público e do Estado Nacional. Isso requer capacidade crítica, de análise e de formulação. A função de fiscalizador/defensor em busca de transparência, em defesa da coisa pública e da cidadania deve acompanhar o exercício do mandato.
Quais as suas principais propostas?
Francisco Araújo - Destaco três itens, a seguir:
Redução de impostos. A carga tributária é absurda, principalmente sobre os mais pobres: aqueles que acham que não pagam impostos, porque não fazem a famosa declaração. Os impostos embutidos são vorazes e encarecem itens da alimentação básica, como o arroz. A redução de imposto contribui para melhorar a qualidade de vida, pois o cidadão fica com mais dinheiro na mão para empregar livremente em outras necessidades;
Educação – complementar o ensino regular com capacitação profissional (paralelamente e não obrigatório). Valorização dos profissionais da educação com salários dignos e compatíveis com seu grau de especialização. Escola e ensino no local onde reside o aluno;
Produção, emprego e renda – emprego para a juventude é uma questão que está se ampliando, é preciso um programa que garanta mais oportunidades aos jovens, principalmente os recém formados.
É necessário apoiar os arranjos produtivos locais e garantir a geração de emprego nas cidades mais pobres. Dinamizar as economias locais com micro-crédito e tecnologia social garante empregabilidade nos municípios e povoados. Tudo isso apoiado no princípio de sustentabilidade ambiental.
Como você analisa o quadro eleitoral majoritário de 2010?
Francisco Araújo - O quadro majoritário tanto na vertente do executivo (governador) como na parlamentar (senador) apresenta opções péssimas. O espetáculo da bizarrice. O provável inchaço populacional de uma cidade vizinha à capital foi dado como indicador de desenvolvimento, de avanço, de progresso por um candidato a senador. O outro candidato é apresentado como ícone de moralidade e bastião moral da republicana. A tendência é sermos representados por suplentes. Teremos mais senadores inoperantes e descomprometidos socialmente.
Quais as chances de renovação na política do Maranhão?
Francisco Araújo - No Executivo. A vanguarda do atraso, que se atrelou ao mandonismo de meio século, reforçou ainda mais os instrumentos de manutenção desse tipo de exercício de poder, que esvazia a política de sua verdadeira alma: a pública. Corrói a função de pública da Administração, patrimonializando e privatizando os aparelhos do Estado como bem de família.
A homogeneização e a indistinção, reforçadas pela vanguarda do atraso, ampliam as chances do continuísmo. Em 2006 sinalizei (em uma tese) como isso é bom e útil ao mandonismo. “Todos são iguais”. “Eles também estão com a gente!”. Isso foi muito mais lucrativo para o mandonismo que controla o estado do que os minutos de TV.
Aliás, que TV? Uma quantidade significativa de povoados e municípios captam os sinais de TV por antenas parabólicas e não assistem os programas eleitorais!
Aí tem um complicador. Qualquer candidatura contrária tem que ter muito recurso para se fazer presente (de forma contínua) nos municípios que concentram 70% dos votos. Quem está fora da máquina estatal tem essa dificuldade, porque não tem grandes empresas e capital produtivo fora do esquema mandonista para financiar outras campanhas. Falta presença de campanha da oposição em diversos municípios, infelizmente.
Os movimentos sociais e as organizações da sociedade civil não estão massivamente mobilizadas em sentido contrário ao mandonismo reinante. Esse poderia ser o contra peso ao poderio econômico dos donos do poder, mas apresenta muitas debilidades e está, em parte, cooptado.
A oposição fala do segundo turno como algo pré-existente (coisa certa). Falta o entendimento de que ele precisa ser construído e resta pouco tempo.
A participação de Jackson tem gerado um clima de insegurança e incerteza no eleitor. Na verdade é uma carta coringa a ser usada pelos donos do poder no primeiro ou no segundo turno, conforme o percentual de voto. Mais uma jogada “legal” pode ser articulada de acordo com a conveniência.
Só em segundo turno a oposição pode vencer e só há um candidato que pode ir para o enfrentamento sem receber acusações de um governo marcado por denúncias e que representa realmente a renovação. Sem isso, tudo caminha para a mesmice do atraso.
Resta e guardo a esperança, da ação silenciosa e soberana da vontade popular em busca de liberdade e dignidade. Com fé continuo lutando contra a permanência desses mandões que aí estão. Precisamos ter, pelo menos, a vitória política de não termos vendido nossa dignidade, nossa coerência e nossa liberdade.
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