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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

BRASIL PRECISA AGIR COM RIGOR EM HONDURAS

A suspensão das garantias constitucionais em Honduras, através de um decreto do governo golpista de Roberto Micheletti, é uma medida que remonta ao passado das ditaduras na América Central.

Além de impedir o retorno do presidente Manoel Zelaya ao governo, os golpistas proibiram reuniões públicas e restringiram a liberdade de expressão, fechando a rádio das forças de resistência aliadas a Zelaya.

Zelaya foi deposto por um golpe no final de junho. Retornou a Honduras em setembro, abrigando-se na embaixada brasileira.

O governo golpista de Micheletti chegou a impedir a entrada de integrantes da missão brasileira da OEA (Organização dos Estados Americanos) em Honduras. E ameaça retirar o status diplomático da embaixada brasileira.

É reconhecida a competência do Brasil na área diplomática, coordenada com visão estratégica pelo chanceler Celso Amorim.

Honduras sob o golpe é uma ameaça à estabilidade e à democracia. Cabe ao governo brasileiro tentar todas as soluções diplomáticas para contornar a situação.

Se preciso, agir com a força de país líder latino-americano no cenário internacional.

O golpe é um retrocesso diante da guinada à centro-esquerda em vários países da América: Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Equador e Venezuela.

Legado - Honduras tem uma localização geográfica privilegiada na América Central, fazendo fronteira com a Nicarágua, El Salvador e Guatemala.

Nos anos 80, foi a base dos “contras” revolucionários, financiados pelos Estados Unidos, para impedir o avanço da revolução sandinista na Nicarágua.

Os "contras" eram financiados pela venda ilegal de armas ao Irã, revelando mais uma operação suja dos ianques para dominar os países do eixo centro-sul do continente americano.

O imperialismo norte-americano sempre utilizou Honduras como ponto de ocupação na América Central, com o objetivo de implodir os movimentos revolucionários na Nicarágua e em El Salvador.

Esse passado de Honduras não pode ser retomado com a legitimação do governo golpista de Micheletti.

2 comentários:

Marcia Oliveira disse...

É verdade, o Brasil tem que agir com rigor, por meio de ações concretas, pois estamos diante de uma situação que põe em risco não somente a democracia em Honduras e a integridade daquele povo, mas também de todos os países da América Latina.

Ed Wilson Ferreira Araújo disse...

Marcia,
Não podemos retroceder.
Grato,
Ed