Mudou para melhor o candidato a governador do PSTU, Marcos Silva, um dos mais bem-sucedidos no debate de ontem à noite na TV Mirante. Bem alinhado, trajando camisa em mangas compridas, o socialista alinhavou um discurso contundente na crítica e nas proposições.
O desempenho de Marcos Silva no debate é a síntese da boa participação do PSTU na campanha. O programa de encerramento no horário eleitoral chegou a emocionar durante a fala de Preto Hertz.
As palavras ácidas e certeiras de Hertz foram compensadas pelo belo canto da Internacional na voz de Renato Braz, no CD “Outro Quilombo.” Vale a pena ouvir as canções desse disco.
O PSTU evoluiu de raivoso para equilibrado. Está classista sem ser antipático. No palco midiático, isso é fundamental. Não basta ter o melhor discurso. É preciso saber como proferi-lo. E Silva soube na noite de ontem.
Já o parceiro de esquerda Saulo Arcangeli (PSOL) assumiu o antigo papel do PSTU: a metralhadora giratória. Arcangeli atirou em todos para matar, como se só ele fosse o dono da verdade absoluta.
O presidenciável do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, também usa a metralhadora. De vez em quando, provoca até sorrisos na platéia. Educa e distrai ao mesmo tempo. Mas Saulo prefere a carranca.
Arcangeli direcionou boa parte da munição a Flávio Dino (PC do B), às vezes servindo de linha auxiliar dos interesses de Roseana Sarney. Saulo parecia até inspirado nos blogues do Imirante quando atacava Dino.
O candidato comunista foi o mais objetivo e propositivo. Vacilou por alguns instantes, quando invocou o personalismo para fugir dos ataques do PSOL sobre as relações entre Dino e o prefeito de Caxias Humberto Coutinho.
Flávio repetiu várias vezes expressões como “eu vou liderar”, “eu vou governar”. Depois, consertou. No governo, o Maranhão terá vários co-pilotos, principalmente o povo.
Dino foi mais habilidoso que os adversários em temas como o turismo, por exemplo, ao associar a qualidade das cidades como atrativo para os destinos. Destacou ainda o estímulo ao turismo regional.
Flávio Dino levou vantagem também ao apresentar propostas para todo o Maranhão. Ao contrário de Jackson Lago (PDT), focado nas realizações das temporadas de prefeito de São Luis.
Lago enxerga mais a capital porque sabe do mau desempenho eleitoral aqui. Em qualquer pesquisa, o ex-prefeito três vezes e ex-governador está sempre em terceiro lugar entre os ludovicences.
Ele sofre o desgaste de sucessivas administrações em São Luís há mais de vinte anos. E a cidade está uma lástima. Jackson não trouxe muitas novidades ao debate. Está o mesmo.
Roseana Sarney (PMDB), como era esperado, ficou presa aos papéis. Nervosa, lia quase tudo que falava, oscilando entre o ruim e o médio desempenho. Salvou-se no final, com uma fala intimista, com forte apelo emocional.
A governadora, estranhamente, omitiu o nome de Lula durante boa parte do debate. Falou da refinaria, do gás, das escolas técnicas, mas... e Lula? Por que o presidente-amigo-companheiro-fiel não foi explorado ontem à noite?
Em resumo: Flávio Dino cresceu ainda mais com o debate. Marcos Silva mostrou maturidade. Jackson Lago e Roseana Sarney foram previsíveis. E Saulo Arcangeli atirou pra todo lado, mas pode ter acertado em quem não devia: o telespectador. Foi bala perdida.
O desempenho de Marcos Silva no debate é a síntese da boa participação do PSTU na campanha. O programa de encerramento no horário eleitoral chegou a emocionar durante a fala de Preto Hertz.
As palavras ácidas e certeiras de Hertz foram compensadas pelo belo canto da Internacional na voz de Renato Braz, no CD “Outro Quilombo.” Vale a pena ouvir as canções desse disco.
O PSTU evoluiu de raivoso para equilibrado. Está classista sem ser antipático. No palco midiático, isso é fundamental. Não basta ter o melhor discurso. É preciso saber como proferi-lo. E Silva soube na noite de ontem.
Já o parceiro de esquerda Saulo Arcangeli (PSOL) assumiu o antigo papel do PSTU: a metralhadora giratória. Arcangeli atirou em todos para matar, como se só ele fosse o dono da verdade absoluta.
O presidenciável do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, também usa a metralhadora. De vez em quando, provoca até sorrisos na platéia. Educa e distrai ao mesmo tempo. Mas Saulo prefere a carranca.
Arcangeli direcionou boa parte da munição a Flávio Dino (PC do B), às vezes servindo de linha auxiliar dos interesses de Roseana Sarney. Saulo parecia até inspirado nos blogues do Imirante quando atacava Dino.
O candidato comunista foi o mais objetivo e propositivo. Vacilou por alguns instantes, quando invocou o personalismo para fugir dos ataques do PSOL sobre as relações entre Dino e o prefeito de Caxias Humberto Coutinho.
Flávio repetiu várias vezes expressões como “eu vou liderar”, “eu vou governar”. Depois, consertou. No governo, o Maranhão terá vários co-pilotos, principalmente o povo.
Dino foi mais habilidoso que os adversários em temas como o turismo, por exemplo, ao associar a qualidade das cidades como atrativo para os destinos. Destacou ainda o estímulo ao turismo regional.
Flávio Dino levou vantagem também ao apresentar propostas para todo o Maranhão. Ao contrário de Jackson Lago (PDT), focado nas realizações das temporadas de prefeito de São Luis.
Lago enxerga mais a capital porque sabe do mau desempenho eleitoral aqui. Em qualquer pesquisa, o ex-prefeito três vezes e ex-governador está sempre em terceiro lugar entre os ludovicences.
Ele sofre o desgaste de sucessivas administrações em São Luís há mais de vinte anos. E a cidade está uma lástima. Jackson não trouxe muitas novidades ao debate. Está o mesmo.
Roseana Sarney (PMDB), como era esperado, ficou presa aos papéis. Nervosa, lia quase tudo que falava, oscilando entre o ruim e o médio desempenho. Salvou-se no final, com uma fala intimista, com forte apelo emocional.
A governadora, estranhamente, omitiu o nome de Lula durante boa parte do debate. Falou da refinaria, do gás, das escolas técnicas, mas... e Lula? Por que o presidente-amigo-companheiro-fiel não foi explorado ontem à noite?
Em resumo: Flávio Dino cresceu ainda mais com o debate. Marcos Silva mostrou maturidade. Jackson Lago e Roseana Sarney foram previsíveis. E Saulo Arcangeli atirou pra todo lado, mas pode ter acertado em quem não devia: o telespectador. Foi bala perdida.
8 comentários:
Concordo. Estava só até agora na opinião sobre Marcos Silva e Arcangeli. Só queria destacar a minha percepção que nenhum dos candidatos tem uma boa compreensão sobre Cultura e Meio Ambiente. Boa análise Ed.
Gerald
Não entendi algumas coisas... Mas quem pode entender...?
E o "me respeite"..Lembrei do Rei da Espanha.. Juan Carlos!
Lula não foi usado proque Dino tirou a essa arma da mão dela..golpe de ninja. Foi logo no início...Sobre as UPAS. E aí... depois aquela de lembrar o FHC. Fica difícil insistir em obras..do governo federal..
Marcos Silva humilhou a estratégia do gênio Duda...falou claro,equilibrado, fundamentado... coisa acadêmica..
Até agora estou preocupado com o amigo Saulo... quem bolou aquilo? Duda-Sol? Ou o Rei Sol? Saulo tem muito mais equilíbrio e conteúdo...do que apresentou ali.
JacKSon...é o nosso passado político. A marca da oposição típica do mandonismo. Já deu sua contribuição. Fique bem, Doutor!
Viu como ele fez defesa da LEI do Cão..que aplicou nos professores? Devia ter deivado isso quieto.
No Maranhão é só um debate... né.. Qual será o motivo? Quem fica em situação difícil na hora de pensar, refletir e analisar em debate?
Ei.. será que ninguém tem coragem de pedir a grana de volta desse marqueteiro? Sou a favor de um movimento: DEVOLVE JÁ! A grana deve ser entregue aos abrigos de idosos e de crianças,aos hospitais, creches e para entidades filantrópicas em geral!
Quem ainda tinha alguma dúvida sobre a capacidade política de Marcos Silva do PSTU deve ter mudado de opinião no debate realizado pela TV Mirante, filial da Rede Globo, na noite de ontem. Muitos esperavam um Marcos Silva, candidato, atirando a esmo, mas viu um militante experimentado e sereno no enfrentamento a oligarquia e seus satélites políticos.
Os blogueiros da Mirante e seus, igualmente, satélites políticos estão estupefatos com Marcos Silva, dormiram nocauteados e acordaram atônitos. Assim com a candidata que virou picolé, os mesmos viram suas táticas desesperadas virarem pó.
Divulgaram aos quatro cantos do estado que todos os candidatos de oposição teriam combinados bater só na candidata picolé, mas era tudo um grande blefe para blindar Roseana Sarney. Fizeram isso para pressionar Marcos Silva (PSTU) e Saulo Arcengeli (PSOL), os dois únicos realmente de esquerda, a bater em Jackson Lago e Flávio Dino mais do que na Dondoca.
Queriam ver Roseana tirando casquinha da esquerda em razão de sua indisfarçável incapacidade para debater política e esconder os quase cinqüenta anos de domínio oligárquico que levou o Maranhão a bater recordes e mais recordes de baixíssimos IDH.
Marcos Silva foi implacável, sem perder a ternura. Fez diferença com Jackson Lago, principalmente relembrando suas gestões municipais desastrosas, não poupou Flávio Dino em sua equivocada proposta de aumentar a repressão policial no estado, mas foi na candidata da oligarquia que Marcos Silva, inequivocadamente, centrou suas críticas encurralando-a por diversas vezes, contrariando assim a tática dos blogueiros da Mirante e C.I.A. que jogaram verde para colher maduro a custa do PSTU.
Nessa manhã, basta dar uma olhadinha em seus blog’s para perceber que os mesmos e sua candidata a DONDOCA cultivaram maus de Marcos Silva nessa madrugada e agora devem está colhendo boas olheiras. Marcos Silva realmente um grande estrategista, por isso, um revolucionário imprevisível.
* por Hertz Dias ( candidato a vice-governador na chapa de Marcos Silva)
Ed Wilson, discordo quando falas que o Saulo atirou na pessoa errada. Por que Flávio Dino não pode ser criticado? Essa relação dele com o Humberto Coutinho é sim uma mancha na sua biografia. Ter Zé Reinaldo como candidato a senador é pior ainda, não tem como esconder isso. Isso é péssimo, não pega bem para quem se define como "novo", porque está junto com o que há de mais velho e oligárquico no Maranhão. O Marcos Silva foi o pior do debate, brincou com Flávio o tempo todo, com Jackson Lago faltou responder por ele mesmo. Parece ser verdade o que dizem sobre ele ter se tornado um tremendo laranja nessas eleições, perdeu o pouco que tinha de credibilidade porque vendeu sua ideologia para Flávio. No mais, gostei do seu texto, um texto forte, bem escrito. Espero não ter me excedido na opinião, mas é o que penso e muitas pessoas que conheço também pensam assim. De toda forma se ofendi alguém mil perdões. Abraços
Oi Lorena,
Fique à vontade para expor suas opiniões. Nosso blogue é aberto ao contraditório.
Grato pela participação.
Ed Wilson
Seu Blog está cada vez mais plural, Ed, cumprindo o papel de espaço público que a (grande) mídia lamentavelmente não exerce! Adorei a análise do debate, não só porque concordo com ela, mas porque suscitou reflexão e novos olhares!
E #ForaRoseanaSarney no dia 3!
obs: aqui em Imperatriz, hoje, está tendo maior passeata do movimento #ForaRoseanaSarney,com estudantes, trabalhadores, políticos, começando na Praça de Fátima e sem destino certo pra acabar.
Um abraço, companheiro.
OI LETÍCIA,
QUE PRAZER TÊ-LA COM LEITORA. ESTAMOS FIRMES AQUI NA TRINCHEIRA PARA DERROTAR SARNEY.
GRANDE ABRAÇO,
ED WILSON
Oi Ed....só hoje li a sua análse sobre o debate. Concordo contigo que Marcos Silva esteve muito bem, embora ache que ainda tem de melhorar um tanto. Que seu texto é bom eu já sabia, mas você tem estado cada vez melhor. a sua persverança na luta contra os Sarneys me alegra....comemoraremos juntos o fim do mando dessa família sobre o Maranhão. Lembro-me bem de como Vc falava, há 8 anos, de que esse era o objetivo daquele sindicato em que nos encontramos. Vc foi adiante, tomou outros caminhos e, como disse, permanece "firme na trincheira...". Admiro Vc cada vez mais. Bj
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