O BEM poderia ter sido um dos
principais indutores do desenvolvimento do Maranhão, financiando as atividades econômicas
essenciais à geração de arranjos produtivos, emprego e renda.
Mas, sob o domínio dos
Sarney, o BEM foi sugado até a morte e depois vendido ao Bradesco.
Na ausência do banco estadual
para operar as linhas de financiamento aos empreendimentos e às prefeituras, os
agiotas entram em ação.
Diante da inoperância do
Governo do Estado no processo de articulação dos gestores municipais, o
dinheiro ilícito estrangula as prefeituras.
Criou-se no Maranhão uma
cultura política da corrupção, entranhada nos três poderes do Estado,
alimentada pelo dinheiro ilegal da agiotagem.
As prefeituras reproduzem o
status do Palácio dos Leões: são pequenas aristocracias parasitárias.
As populações dos pequenos e
médios municípios maranhenses vivem à mercê de um patrão – o prefeito.
É o dinheiro da Prefeitura
que movimenta o comércio nos dias de pagamento. E só!
Essa é a realidade do
Maranhão sem indústrias, sem turismo, com a pequena e a média agricultura
sufocadas pelo agronegócio.
Nesse cenário de vazio do
Estado o terreno é fértil para o dinheiro ilegal da agiotagem financiar as
campanhas.
Os candidatos às prefeituras
já estão endividados com os agiotas mesmo antes de ganhar as eleições.
Quando ganham, o dinheiro dos municípios fica totalmente comprometido com o pagamento das dívidas de
campanha.
O que sobra o prefeito
embolsa, compra duas ou três caminhonetes hilux, dois apartamentos na Ponta
d’Areia e o município fica abandonado.
Durante os quatro anos de
mandato é isso. E assim sucessivamente.
Com o BEM morto, o Maranhão está nas mãos dos vivos,
em todos os sentidos: agiotas e outros mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário