Eliziane Gama percorre o Maranhão. Em Imperatriz, articula com o prefeito Sebastião Madeira (PSDB) |
Ex-candidata à Prefeitura de São Luís, Gama teve um bom desempenho
na campanha. Ficou em terceiro lugar, com 13,81% dos votos, superando o
candidato do PT sarneísta Washington Oliveira (WO).
Eliziane “perdeu ganhando” e saiu da campanha com um capital
político que lhe deu a condição de liderança no campo intermediário entre os
pólos da oligarquia Sarney (PMDB/DEM) e de Flavio Dino (PCdoB).
A deputada parece ter vencido, até agora, a disputa interna
pelo controle do PPS. Ela obteve o aval da direção nacional pessepista, que
garantiu-lhe a presidência do diretório estadual.
O movimento liderado por Eliziane Gama sintoniza-se à frente
puxada no plano nacional pela ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva
(ex-PV), cuja pretensão é criar um novo partido de cunho ecológico-humanista.
Marina Silva pretende também uma via alternativa à
polarização PT x PSDB.
Intitulados Movimento Nova Política, os adeptos de Marina,
ou marineiros, podem ganhar no Maranhão o reforço do deputado federal Domingos
Dutra (PT), que vem manifestando interesse em deixar o petismo e ingressar na
nova legenda.
Cogita-se nos bastidores que Dutra pode ser candidato a
senador numa eventual chapa com Eliziane Gama para o governo em 2014.
Se Dutra compuser a chapa é uma garantia de posicionamento
firme anti-Sarney nas horas decisivas.
Eliziane Gama sofreu um desgaste em 2012, quando declarou-se
“neutra” no segundo turno da eleição para a Prefeitura de São Luís. Não apoiou
Edivaldo Holanda Junior (PTC) nem ficou com João Castelo (PSDB).
Em 2014 ela pode ser candidata a governadora. Se não chegar
ao segundo turno, Eliziane Gama terá de se posicionar. O Maranhão está
dividido. Quem não está com a oligarquia Sarney vai com Flavio Dino (PCdoB). Não
há meio termo. A neutralidade será imperdoável.
Sem alinhamento a um dos projetos, do campo democrático
ou da oligarquia retrô, Eliziane Gama corre o risco de perder a trem da
História.
O povo do Maranhão não vai admitir neutralidade nem
dubiedade. Eliziane vai ter de dizer com quem estará em 2014.
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