Carreatas não combinam mais com o discurso da mobilidade urbana |
Em várias cidades do Brasil já existe um consenso entre os partidos e políticos, dos radicais aos conservadores, sobre a exclusão das carreatas nas campanhas eleitorais.
Deveria ser regra geral e uma imposição da Justiça Eleitoral.
As carreatas são formas veladas de compra de voto, mediante a distribuição de gasolina pelos comitês para arregimentar o maior número de veículos.
Elas também travam o trânsito, gerando congestionamentos gigantes, ampliam a poluição sonora e a sujeira nas cidades.
No momento em que o tema da mobilidade urbana ganha os discursos de todos os candidatos, é incoerente um político falar em melhorias para o trânsito e o transporte na TV e, no dia seguinte, convocar uma carreata, entupindo as ruas e avenidas de veículos.
Além disso, a farta distribuição de combustível é uma disputa desigual, favorecendo os candidatos com maior poder aquisitivo.
Caminhadas nos bairros são a forma ideal de campanha, porque aproximam os candidatos do eleitor e obrigam os políticos a pisarem nos buracos e na lama, pelo menos durante a campanha.
Acompanhadas de bandas de música, com instrumentos de sopro e tambores, bonecos e militância, as caminhadas tornam as campanhas animadas e belas.
De porta em porta, caminhando e dialogando com o povo, os candidatos têm uma ótima oportunidade de conquistar o voto de maneira transparente - olhando na cara do eleitor.
Seduzir as pessoas com tanques de combustível e provocar mais engarrafamentos não combina com as campanhas eleitorais.
Tira voto.
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