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quarta-feira, 9 de julho de 2014

PELO FIM DAS CARREATAS NAS CAMPANHAS ELEITORAIS

Carreatas não combinam mais com o discurso da mobilidade urbana
Em várias cidades do Brasil já existe um consenso entre os partidos e políticos, dos radicais aos conservadores, sobre a exclusão das carreatas nas campanhas eleitorais.

Deveria ser regra geral e uma imposição da Justiça Eleitoral.

As carreatas são formas veladas de compra de voto, mediante a distribuição de gasolina pelos comitês para arregimentar o maior número de veículos.

Elas também travam o trânsito, gerando congestionamentos gigantes, ampliam a poluição sonora e a sujeira nas cidades.

No momento em que o tema da mobilidade urbana ganha os discursos de todos os candidatos, é incoerente um político falar em melhorias para o trânsito e o transporte na TV e, no dia seguinte, convocar uma carreata, entupindo as ruas e avenidas de veículos.

Além disso, a farta distribuição de combustível é uma disputa desigual, favorecendo os candidatos com maior poder aquisitivo.

Caminhadas nos bairros são a forma ideal de campanha, porque aproximam os candidatos do eleitor e obrigam os políticos a pisarem nos buracos e na lama, pelo menos durante a campanha.

Acompanhadas de bandas de música, com instrumentos de sopro e tambores, bonecos e militância, as caminhadas tornam as campanhas animadas e belas.

De porta em porta, caminhando e dialogando com o povo, os candidatos têm uma ótima oportunidade de conquistar o voto de maneira transparente - olhando na cara do eleitor.

Seduzir as pessoas com tanques de combustível e provocar mais engarrafamentos não combina com as campanhas eleitorais.

Tira voto.

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