Ainda repercute em Imperatriz a posição dos estudantes do
Curso de Jornalismo da UFMA sobre a abordagem de uma parte da mídia
local na cobertura da morte de uma estudante.
Em nota (leia abaixo), os estudantes criticam o enfoque
sensacionalista e reivindicam o respeito ao Código de Ética dos Jornalistas.
NOTA DE REPÚDIO
Os estudantes de Jornalismo da UFMA-Imperatriz tornam
público o repúdio à postura de parte da imprensa local, em relação à cobertura
de assuntos de morte e violência urbana.
O desrespeito aos Direitos Humanos e ao Código de Ética
profissional tem sido prática recorrente da imprensa desta cidade. Em especial,
destacamos o caso da cobertura da morte de uma colega do nosso curso.
Há um consenso entre os profissionais de Jornalismo de não
noticiar suicídio, por uma questão ética. A atitude assumida por algumas
pessoas da imprensa, motivadas pela busca da audiência e do aumento de acessos
a blogs, fere o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, que assim declara
no Capítulo III: Art. 11. “O jornalista não pode divulgar informações: II - de
caráter mórbido, sensacionalista ou contrárias aos valores humanos,
especialmente em cobertura de crimes e acidentes”. E ainda no Capítulo II,
Artigo 6º, em que declara que é dever do jornalista: “VIII - respeitar o
direito à intimidade, à privacidade, à honra e à imagem do cidadão.”
Além disso, repudiamos o modo parcial e pouco profissional
como o assunto foi abordado, uma vez que as motivações do indivíduo que comete
suicídio são íntimas e particulares.
Estudantes de Comunicação Social – Jornalismo da
Universidade Federal do Maranhão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário