O PSOL perdeu um deputado federal,
mas manteve a integridade e coerência dos seus princípios e respeito ao
estatuto.
O expulso foi Cabo Daciolo (RJ), evangélico, autor da
estapafúrdia PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que propunha uma alteração
absurda no texto da Carta Magna: trocar a frase “todo poder emana do povo” por
“todo poder emana de Deus”.
Defensor do Estado laico, o PSOL advertiu o parlamentar e
concedeu-lhe o direito de defesa, mas Daciolo não convenceu a Comissão de Ética
do partido.
O parlamentar foi enquadrado em infidelidade partidária não
só pela proposta abusiva de mudar a Constituição.
Ele também fez discurso contrário à orientação do partido,
chegando a defender PMs envolvidos em atos de repressão às comunidades
periféricas do Rio de Janeiro.
O PSOL tinha cinco deputados federais e fica com quatro.
A atitude do partido é uma boa notícia no atual cenário
político do Brasil, onde a fidelidade partidária é letra morta.
Se permitisse a permanência de um parlamentar praticando
atos e fazendo discursos totalmente contrários às diretrizes ideológicas, o
PSOL correria o risco de abrir uma porteira perigosa.
Esse caminho perigoso foi seguido pelo PT. Na ânsia de
crescer e tomar o poder, o petismo não estabeleceu limites nem fronteiras.
O PT recebeu filiados de todas as qualidades, inclusive
bandidos confessos.
Deu no que deu. Foi parar nas páginas policiais.
O PSOL expulsou um deputado e mandou recado à militância. É
um bom começo. Será que vai manter essa linha?
O tempo dirá.
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