Mesa de negociação dos servidores federais com o governo federal não registrou avanços. Dilma terá a palavra final |
O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos
Federais (Fórum dos SPF) se reuniu com a Secretaria de Relações de Trabalho do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (SRT-MPOG) na tarde de
terça-feira (7) em Brasília. O SRT-MPOG não apresentou nova proposta e insistiu
no reajuste parcelado em quatro anos que não cobre a inflação.
Sérgio Mendonça, Secretário de Relações de Trabalho no Serviço
Público do MPOG, iniciou a reunião questionando qual era a resposta dos
servidores à proposta de reajuste apresentada no último encontro, de 21,3%
parcelados em quatro anos, 5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018 e 4,5% em
2019. A resposta foi unânime: as assembleias das categorias rechaçaram o
reajuste proposto e também qualquer possibilidade de parcelamento.
Em resposta, o SRT-MPOG pediu que os servidores fossem
criativos, e que tentassem trabalhar em cima da proposta colocada. Os
servidores reafirmaram a luta pelo reajuste de 27,3% em 2016, sem parcelamento,
e que também querem debater com o governo os oito demais itens da pauta de
reivindicações, como benefícios e a Convenção 151 da Organização Internacional
do Trabalho (OIT).
Fórum dos SPF sugeriu que uma nova reunião fosse marcada
para a próxima semana, na qual o governo apresentaria melhorias na proposta.
Sérgio Mendonça, no entanto, rejeitou a data e afirmou que como apenas a
presidente Dilma Rousseff pode decidir sobre o tema, e como ela está viajando e
não teria tempo hábil de estudar o tema, uma reunião na próxima semana não
seria possível. Foi acordado, então, que uma nova reunião ocorrerá até o dia 21
de julho.
Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, avaliou a reunião e
criticou a intransigência do governo em negociar. “Minha avaliação é de que o
governo estava com uma postura inflexível, colocando dificuldades para melhorar
a proposta. Temos que continuar a greve dos SPF, que já está crescendo, para
pressionar o governo. Sem isso, não teremos proposta melhor. Não podemos
aceitar um reajuste abaixo da inflação e queremos negociar o restante da pauta
de reivindicações”, disse o docente.
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