José Ferreira Costa, reitor do Instituto Ferderal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFMA)
Revolução consiste em um conjunto de mudanças que trazem consigo um profundo impacto, seja no processo produtivo, seja nas relações político-sociais e econômicas. Uma verdadeira revolução se concretiza através de um conjunto de acontecimentos dirigidos para mudar uma realidade em curto prazo. Quando ocorrem, elas alteram o quadro político, social ou produtivo e implantam uma nova forma de pensar e agir, trasnformando a qualidade de vida da população.
A primeira revolução que se notabilizou na história moderna foi a Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII. Ela inverteu a lógica da produção, então baseada na força humana de trabalho, para o uso de máquinas – o que deu origem a uma nova relação entre capital e trabalho.
Visto assim, é fácil concluir que uma “Revolução Educacional” acontece no Maranhão e está avançando no campo e nas cidades por meio da expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica que, em 2009, comemora cem anos de existência.
Essa revolução foi preparada pelo Governo Lula e é executada no estado pelo extinto Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet). O plano inclui a integração de quatro autarquias federais em atividade no Maranhão: as Escolas Agrotécnicas Federais de Codó, São Luís e São Raimundo das Mangabeiras e o Cefet. Essa união permitiu o fortalecimento político do setor, com a criação do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão.
A nova instituição já nasceu grande e se colocou como o segundo maior Instituto Federal do país. Seu portifólio inicial se constitui de 18 campi, sendo três na capital e 15 no interior, onde serão oferecidos os ensinos técnico, superior e tecnológico nas formas presencial e a distância, além do desenvolvimento de diversos projetos de pesquisa e extensão.
Alguns desses campi estão em fase de implantação, sendo construídos prédios próprios, com concepção arquitetônica contemporânea e quadro de pessoal qualificado. Atualmente, já recebem alunos os campi de Zé Doca, Santa Inês, Buriticupu, Açailândia, Centro Histórico de São Luís e Alcântara, que vão se somando aos da fase pré-expansão (São Luís Monte Castelo e Imperatriz), cuja qualidade e conceito junto à população são memoráveis. Nos próximos anos, iniciam-se as atividades em Bacabal, Barra do Corda, Barreirinhas, Caxias, Pinheiro, São João dos Patos e Timon.
Haverá, até 2013, quase 27 mil alunos matriculados em 106 cursos técnicos e superiores. Do ponto de vista da verticalização do ensino e da pesquisa científica e tecnológica aplicada, essa ação educativa revolucionária não tem limites, oferecendo oportunidades desde a Formação Inicial e Continuada à formação presencial de técnicos de nível médio, estendendo-se ao ensino superior presencial e a distância. Além disso, é preciso destacar a competência dos cursos e programas de pós-graduação lato e stricto sensu, etapa em que os professores e alunos realizam projetos de pesquisas voltados para a inovação tecnológica e aplicação no setor produtivo.
Esse grande movimento social empreendido tem foco na mudança de atitudes da população a partir do processo educativo. No ano em que é comemorado o Centenário da Rede Federal de Educação Tecnológica, o Instituto Federal do Maranhão renova seu compromisso de trabalhar para o cumprimento de seu papel social: promover a inclusão social, criar novas práticas sócio-educativas e realizar as transformações que irão causar impacto no desenvolvimento do estado e na melhoria da qualidade de vida dos maranhenses.
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sexta-feira, 25 de setembro de 2009
JOSÉ COSTA APONTA NOVO CENÁRIO EDUCACIONAL NO MARANHÃO
CEM ANOS DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA:
revolução que vai mudar o Maranhão
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Um comentário:
Camarada Ed Wilson,
Venho aqui no seu blog colocar minha opinião, até por que já fui professor do cefet recentemente.
discordo que o que esteja sendo feito no cefet seja revolucionário. sobretudo no cefet do Ma onde impera um pensamento provinciano e tacanho sobre o espaço público.
no que se refere à educação em si enquanto cefets de pernanbuco ou ceara inauguram modernos laboratorios de biotecnologia, manipulação genetica, e engenharia ambiental, aqui se abre um curso de artesanato...
isso por que em alcantara existe uma base de lançamento de foguetes estrategica para a defesa e o desenvolvimento tecnologico nacional.
por que o cefet não abre um curso de Engenharia aero-espacial pra capacitar a inteligencia maranhense a alavancar o setor no país?
são algumas rapidas colocações e questões que gostaria de socializar pra aproveitar a discussão que voce levanta.
saudações fraternas.
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