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domingo, 30 de setembro de 2012

UM APANHADO DA PROPAGANDA ELEITORAL

A uma semana da eleição, o blogue faz um balanço geral das campanhas na TV, avaliando os perfis midiáticos de cada candidatura.

No geral, as campanhas trataram de questões urgentes (educação, saúde, transporte etc), mas faltou um debate mais profundo sobre as diretrizes do plano diretor e propostas consistentes acerca da reurbanização de São Luís.

Temas como calçadas, ciclovias e parques ambientais – tão importantes nas outras cidades – passaram ao largo dos programas eleitorais.

São Luís está tão abandonada que o futuro prefeito só precisa tapar os buracos e colher o lixo com regularidade. É reeleição na certa.

Veja um breve perfil de cada candidatura:

João Castelo (PSDB)

Televisão é importante, mas não faz mágica. Com uma gestão desastrada, Castelo se desgastou ainda mais quando falou de asfaltamento na cidade. As obras eleitoreiras, de última hora, não conseguiram reverter o quadro negativo da administração tucana. O VLT voltou-se contra ele. O eleitor de Castelo está envergonhado.

Edivaldo Holanda Junior (PTC)

Conseguiu emplacar o discurso do novo. Jovem, desenvolto na tela, fez tabela com Flavio Dino (PCdoB) na estratégia de renovação da política. Até agora não foi atacado nesse item, mas pode sofrer baixas no segundo turno, quando Castelo expuser as alianças de Holanda com Weverton Rocha (PDT), por exemplo.

Washington Oliveira (PT)

Por unanimidade, é o pior candidato. Tentaram de tudo com ele: boné do PT, camisas de várias cores, entrevista em estúdio, arrastão etc, mas nada adiantou. Virou ventríloco de Lula e Dilma. Do meio para o fim da campanha, escondeu a madrinha Roseana Sarney (PMDB). Não fala coisa com coisa. Com um tempo de televisão exagerado (12min), é um fracasso. Não passou de um laranja de Castelo.

Eliziane Gama (PPS)

Fez a melhor campanha de televisão, emocionante, criativa, consistente de propostas. Mesmo com pouco tempo de propaganda, conseguiu superar os adversários em qualidade. É a candidata mais antenada com as concepções de desenvolvimento sustentável. Eliziane tem sensibilidade e isso é fundamental em um embate midiático. Já sai vitoriosa da campanha. O apoio de Marina Silva é merecido.

Tadeu Palácio (PP)

Enfrentou dificuldades estruturais desde o início da campanha. O último programa, veiculado sexta-feira, estava com péssimo áudio e qualidade de imagem. Tadeu não conseguiu comparar a administração dele com a de Castelo. O tempo reduzido também contribuiu para a derrocada. Palácio também embaralhou a cabeça do eleitor. Fez sucessivos ziguezages políticos e ao fim das contas não se sabe de que lado ele está.

Marcos Silva (PSTU)

Manteve o discurso contundente, de resistência ideológica, mas faltou a criatividade das campanhas anteriores. Faltou o bordão característico do partido, que fez tanto sucesso nas eleições de outrora: “contra burguês, vote 16”; “eu acredito é na rapaziada” e “só a luta muda a vida”. A campanha do PSTU ficou mais pobre na criatividade. Endureceu, mas perdeu a ternura.

Haroldo Sabóia (PSOL)

O tempo reduzido e a falta de estrutura abalaram a campanha midiática do socialista. A exemplo de Marcos Silva, Haroldo também não conseguiu construir um discurso com criatividade e empolgação. Ficou aquém do esperado na desconstrução dos adversários. Foi consistente nas propostas sobre serviços e infra-estrutura, mas o formato poderia ser melhor trabalhado.

Ednaldo Neves (PRTB)

É um laranja demolidor. No papel de coadjuvante de Edivaldo Holanda Junior (PTC), Ednaldo Neves atacou bem o prefeito João Castelo (PSDB). Os filmes sobre o VLT desconstruíram a farsa eleitoreira do prefeito. O bordão “a coragem do novo” até que pegou bem.

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