Os tucanos do Maranhão estão divididos na eleição para o governo do Maranhão.
Uma parte, liderada pelo prefeito de Imperatriz Sebastião Madeira, quer fazer aliança com Luis Fernando Silva (PMDB), o candidato da oligarquia Sarney.
Outra ala do PSDB dialoga com Flavio Dino (PCdoB), líder nas pesquisas, mas determinado a ampliar a frente de oposição; se possível, com os tucanos.
O PSDB é importante na eleição do Maranhão devido ao tempo de propaganda no rádio e na TV e pela representação parlamentar estadual e federal.
Luis Fernando Silva fez o cerco a Imperatriz e região tocantina, até dobrar o prefeito Madeira, que já assumiu publicamente, diversas vezes, o ingresso na candidatura sarneísta.
Ocorre que Madeira não controla a burocracia partidária - o núcleo decisório - sob o comando do deputado federal Carlos Brandão.
Os tucanos são influenciados também pelos detentores de mandatos na Assembléia Legislativa: Neto Evangelista e Gardênia Castelo, filha do ex-prefeito João Castelo.
Detalhe: os dois candidatos polarizados à frente nas pesquisas, Luís Fernando Silva (PMDB) e Flavio Dino (PCdoB), querem o apoio da candidata presidencial Dilma Roussef (PT).
A presença dos tucanos no palanque de Luis Fernando ou de Flavio Dino dificulta a colocação da "mão invisível" do governo federal na campanha do Maranhão.
Os candidatos a governador querem a presidente Dilma como esposa e uma relação aberta com a sigla tucana. Nesse caso, o PSDB seria a amante.
Aparentemente, os tucanos estão divididos, mas não desunidos. Roseana Sarney foi governadora oito anos (1994 - 2002) com o apoio de Fernando Henrique Cardoso na Presidência da República.
Nada impede os tucanos maranhenses de aliançarem com Luís Fernando ou Flavio Dino, mesmo tendo um candidato presidencial - Aécio Neves - principalmente sabendo que o play boy de Minas Gerais não deve chegar nem ao segundo turno.
Com bigode e estrela ou foice e martelo, os tucanos do Maranhão topam qualquer parada.
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