O campo Resistência Petista, formado por várias tendências
não alinhadas à oligarquia Sarney, realiza um encontro neste domingo para
manifestar o apoio à candidatura de Flávio Dino (PCdoB) ao governo
do Maranhão.
"Somente um governo estadual comprometido com as
mudanças pode ajudar a presidenta Dilma a fazer as reformas que o Brasil
precisa e o povo pede", diz a convocatória do encontro, sinalizando a
candidatura de Flavio Dino como a melhor alinhada ao governo federal.
Em Brasília, o PCdoB nacional dialoga com a cúpula do PT
para viabilizar o apoio a Dino e o descarte de Sarney.
No Maranhão, a outra ala do PT, liderada pelo ex-governador
Washington Oliveira (WO), ficou mais tonta depois da avalanche que arrastou
Luis Fernando Silva (PMDB), o ex-candidato da governadora Roseana Sarney.
O PT sarneísta sonhava com a indicação do vice na chapa do
PMDB, mas o projeto desmoronou e já se fala até em candidatura própria, na
verdade um laranja para atuar como linha auxiliar do Palácio dos Leões.
Esta banda do PT, submissa a Lula e a Sarney, tem maioria no
partido, controla o cartório dos diretórios e os delegados que decidirão a
tática eleitoral.
O maior trunfo do PT sarneísta é o negócio do tempo de
propaganda eleitoral, moeda forte nas negociações e na formação de aliança.
Minoria no partido, a Resistência Petista tem a coerência,
os militantes históricos e um amor não correspondido por Lula e Dilma.
Quanto mais corteja o ex-presidente e a atual chefe do
Planalto, mais a Resistência Petista é desprezada pela cúpula do partido, que
prefere o amigo José Sarney (PMDB).
O amor não correspondido será colocado à prova novamente
neste domingo, quando a Resistência vai fazer a milésima declaração de
fidelidade ao lulismo, enquanto em Brasília a cúpula do PT abraça a desgraça do Maranhão.
Veja o texto-convocatória da Resistência Petista para o
encontro:
O Brasil mudou com os governos de Lula e Dilma, mas o
Maranhão continua preso ao sistema oligárquico, que compromete a qualidade de
vida dos maranhenses.
O Maranhão, como há cinquenta anos, ostenta alguns dos
piores indicadores sociais do Brasil, em educação, saúde, saneamento básico e
outros.
Para acompanhar o Brasil, o Maranhão precisa mudar. E, pra
mudar o Maranhão é preciso mudar a política do Maranhão, o governo do Maranhão.
O Brasil mudou, mas é preciso fazer mais. É preciso, como
pede o povo brasileiro, fazer as reformas estruturais e consolidar as mudanças
dos últimos anos.
Para fazer as mudanças que o Brasil necessita, o governo da
presidenta Dilma precisa contar com aliados comprometidos com as reformas
estruturais.
Somente um governo comprometido com as mudanças pode
impulsionar um programa de desenvolvimento que melhore os indicadores sociais.
Para que isto aconteça, precisamos reforçar o campo
democrático e popular, ganhar as eleições estaduais e mudar a política do
Estado do Maranhão.
Com esse propósito, convocamos todos os petistas, que apoiam
Flávio e Dilma, para um encontro estadual, dia 13, em São Luís, na sede do Boi
Pirilampo, Av. 10 – Cohab, a partir das 9h.
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