A família Marinho, dona da Globo, recebeu quase 6 bilhões dos governos Lula e Dilma |
Os insultos à presidente Dilma Roussef (PT) são reprováveis. Vaia é uma coisa. Agressão com palavras de baixo nível é outra.
A presidente foi desrespeitada como chefe de Estado, mulher e maior autoridade naquele momento da abertura da Copa.
Se fosse apenas vaiada ou tivesse ouvido gritos de guerra contra a corrupção e os privilégios da Fifa, estaria de bom tamanho. A humilhação com expressões grotescas é deplorável.
Dito isso, é preciso destacar que as vaias partiram das estrelas globais, de diversos sanguessugas do Estado, beneficiários das cortesias dos bancos, das multinacionais e das empreiteiras.
Essa elite, beneficiada pelos governos do PT, de Lula a Dilma, cuspiu no prato que comeu. A nata da burguesia nacional, parasita do capitalismo, puxou o coro deplorável que expôs não só a presidente, mas todo o Brasil, ao ridículo.
Os xingamentos partiram também daqueles que podem pagar cerca de R$ 1 mil por ingresso.
Os dois governos do PT, em que pese terem distribuído renda mínima aos pobres, multiplicaram a renda máxima dos ricos.
Banqueiros e empreiteiros foram os maiores beneficiários dos governos petistas, que ficaram longe de qualquer sinal de ruptura com a burguesia.
Empanturrada no banquete da política econômica petista, a elite branca alimentada por Lula e Dilma teve uma postura de filho rebelde, aquele que recebe mesada mas se mete a desafiar os pais.
Beneficiados com os juros altos, as obras da Copa, os privilégios de sempre que alimentam seus lucros exorbitantes, os abastados mal criados disseram impropérios a quem os ajudou e manteve a vida boa deles.
Apenas para as Organizações Globo, no período de 2002 a 2012, o governo federal distribuiu quase R$ 6 bilhões em verbas publicitárias para alimentar a família Marinho, uma das mais ricas do Brasil.
Os dados com a distribuição das verbas publicitárias foram divulgados pela própria Secretaria de Comunicação da Presidência da República e compiladas pelo jornalista Fernando Rodrigues (veja imagem).
As empreiteiras, os banqueiros e as multinacionais sairão dessa Copa mais ricos, arrogantes e truculentos.
Cuspir no prato que se come é a maior das indelicadezas.
Dilma não merecia tamanha ingratidão daqueles que tanto ajudou. Esses trogloditas são crueis.
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