Lirismo do cotidiano e atualidade das redes sociais estão impregnados na poesia do jornalista e escritor Félix Lima |
Félix Alberto Lima lança no dia 14 de maio, às 19h, na
livraria Leitura, no São Luís Shopping, o livro “O que me importa agora tanto”,
com o selo da editora 7Letras. A obra reúne 74 poemas inspirados no ritmo das
ruas e em observações casuais do cotidiano. Com uma certa carga de juventude e
atualidade (o mundo das redes sociais dita a cadência de boa parte dos versos),
o livro é urbano e ao mesmo tempo expõe os escapismos preferenciais do autor,
do ócio ao cio, dos girassóis de setembro aos amores lisonjeiros.
“O que me importa agora tanto” é marcado, segundo Antônio
Carlos Secchin, pelo humor e autoironia fina recolhidos nos flagrantes do olhar
atento do poeta, o viés fotográfico da escrita. Félix Alberto Lima tece
paisagens ligeiras, situações aparentemente irrelevantes, ora risíveis, ora
provocadoras, que crescem e ganham a forma solta e desinibida do poema. Os
“sutis deslocamentos de percepção” apontados pelo também poeta Salgado Maranhão,
no prefácio da obra, revelam a faceta mais cara ao autor: o filtro da boa
irreverência.
No primeiro poema, que flerta com o título do livro, o autor
incita a desconfiança na arte polaroide, no monumento ao momento, no poema
hermético, irrevelável. Como quem despretensiosamente anuncia o fim da “poesia
somente para poetas”, o autor passa a régua: “Chega de tanto agora”!
A poesia de Félix Alberto Lima vai direto ao ponto, instiga
a imaginação do leitor e está impregnada daquele “frescor nunca dantes visto”, como
aponta, na orelha do livro, outro maranhense, o cantor e compositor Zeca
Baleiro. Como ele, Geraldo Carneiro também estende o tapete para a chegada do
autor: “O que mais me agrada na poesia de Felix Alberto é a originalidade”.
São poemas que fogem às convenções, escolas e modismos
literários, aparentados das mensagens econômicas e certeiras da internet e do
mundo publicitário - com ressonância na poesia marginal dos anos 70 –, valiosos
recortes carregados de alta dosagem de lirismo. Conforme assinala Domício
Proença Filho, num dos textos de apresentação do livro, as composições de
Félix Alberto centralizam-se em “aspectos confessionais vinculados aos
conflitos com o cotidiano da vida”.
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