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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

"PROTESTO" DE PREFEITOS CONTRA A CRISE É PURA DEMAGOGIA

Presidente da Famem, Gil Cutrim (PDT), liderou protesto dos prefeitos na BR 135
Taxista experimentado na praça, analisando a conjuntura, disse assim:

"Que crise?! Ontem levei um prefeito a uma concessionária e ele comentou que estava indo buscar duas caminhonetes hilux zeradas, R$ 300 mil cada uma."

Agentes do mercado imobiliário também comentam fartamente que os apartamentos acima de R$ 1 milhão, na "península"/Ponta d'Areia, são os preferidos dos prefeitos.

Torrando o dinheiro público em artigos de luxo, eles ainda reclamam da crise. Demagogia pura.

Ontem, 22, liderados pelo presidente da Federação dos Municípios do Maranhão (Famem) e prefeito de Ribamar, Gil Cutrim (PDT), os gestores municipais bloquearam a principal entrada de São Luís - o Estreito dos Mosquitos - para "protestar" contra a falta de recursos.

A crise econômica virou uma espécie de cortina de fumaça, sob a qual escondem-se os maus gestores, predominantes nas cidades do Maranhão.

Há exceções. Não podemos generalizar. Existem prefeitos corretos e éticos, mas são minoria.

A maioria usa as prefeituras para extorquir o dinheiro público e massacrar a população. Esses prefeitos olham o espelho e enxergam-se pequenos coronéis de bigode.
Lidiane Rocha, ex-prefeita de Bom Jardim, foi cassada por desvios de recursos
As más gestoras, por sua vez, sentem-se representadas por Lidiane Rocha, de Bom Jardim, a "prefeita ostentação", que teve o mandato cassado por desvio de recursos da merenda escolar, entre outros crimes.

Essa é a realidade da maioria dos municípios do Maranhão, onde a população sofre com falta de escolas, hospitais e oportunidades em geral.

Sob a fumaça da crise, o protesto dos prefeitos mais parece um habeas corpus preventivo para a má gestão dos recursos públicos.

Traduzindo: eles podem usar a crise para justificar atraso dos salários dos servidores, fechamento de hospitais, abandono de escolas e todo tipo de irregularidades na gestão.

O discurso da crise poderia até ser uma espécie de "licença para roubar" ou "permissão para matar" as esperanças da população pobre do Maranhão.

Traduzindo: não tem dinheiro para a educação nem a saúde, mas sobram fortunas para ostentar.

Basta ver o desfile de carros de luxo nas ruas mal pavimentadas de São Luís. 

De onde será que sai tanto dinheiro!?

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