Esgoto a céu aberto: cena comum em qualquer bairro de São Luís |
Entre todos os problemas do Maranhão, o futuro governo Flávio
Dino (PCdoB) deve dar uma atenção especial à Companhia de Saneamento Ambiental
(Caema) – um dos setores mais sucateados e usurpados pela oligarquia Sarney.
De todas as crueldades praticadas contra a população
maranhense, a falta de água nas torneiras é uma das mais perversas.
É inconcebível que a população da capital maranhense continue
sendo castigada pelo racionamento ou ausência total de água durante dias, semanas e
até meses.
Dezenas de bairros de São Luís são constantemente
penalizados com esta situação, sem que as sucessivas direções da Caema tomem
providências concretas.
Desastrosa, a gestão da Caema chega a cometer
irresponsabilidades, como a perfuração e o abandono de um poço no Cohatrac IV,
na praça Verão, no valor de R$ 171 mil, sem qualquer benefício à população.
Poço da Caema custou RS 171.700,17 não gerou uma gota d'água no Cohatrac IV |
A obra foi iniciada e paralisada no período eleitoral e até
hoje não deu um pingo de água.
Esse é apenas um dos exemplos da má gestão na companhia. Ao
longo dos seus 40 anos de existência, a Caema tem duas marcas registradas: má
gestão e incompetência, desdobradas na falta d’água e nos esgotos a céu aberto.
Além de não fornecer água à população, a Caema é a principal
responsável pela poluição dos rios na região metropolitana de São Luís,
expondo-se ao mais absurdo dos contraditórios – a empresa responsável pelo
saneamento ambiental é a maior poluidora dos mananciais.
A Caema é uma afronta à dignidade dos maranhenses, porque
além de penalizar a população com a falta de água expõe milhões de pessoas às
cenas dantescas do esgoto a céu aberto escorrendo na maioria das cidades do
Maranhão.
A capital, São Luís, é a fotografia dessa barbárie. Não há
um bairro, da área nobre à periferia, sem a putrefação dos esgotos vazando
pelas ruas.
Devemos, no entanto, reconhecer que há bons e dedicados
funcionários na companhia, sem o devido reconhecimento dos gestores da
administração superior.
O último malfeitor da Caema foi o secretário de Saúde, Ricardo Murad, cunhado da ex-governadora Roseana Sarney.
A partir de 1º de janeiro, a companhia será gerenciada pelo
advogado Davi Telles, integrante da nova geração de políticos na perspectiva da
mudança prometida por Flávio Dino.
Caberá a ele e sua equipe inverterem a pauta negativa da
Caema, virando a página da companhia poluidora e sem água para colocá-la no
cenário de uma política de recursos hídricos e saneamento para o Maranhão.
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