Não poderia ser mais decadente o fim dos mandatos do senador José Sarney (PMDB) e da governadora Roseana Sarney (PMDB).
Arrogante, ela entregou o governo antes do fim do mandato para não se submeter ao ritual de transmissão do cargo ao eleito Flávio Dino (PCdoB).
Acostumada ao "quero, posso e mando!", Roseana não aceita as regras republicanas e democráticas de alternância do poder.
O governo do Maranhão, para ela, é uma propriedade inviolável da oligarquia. Ninguém poderia tocar.
Depois da humilhante derrota do seu candidato, Edinho Lobão (PMDB), a governadora renunciou e sumiu. Está desaparecida, mas sob a ameaça da Operação Lava Jato.
Já o senador José Sarney fez um constrangido discurso de despedida no Congresso Nacional, dizendo-se arrependido de ter disputado mandatos após sair da presidência da República.
Depois de deixar o cargo pela porta dos fundos, com a hiperinflação consumindo os salários dos brasileiros, hostilizado pelo povo, Sarney voltou à cena política atrelado ao PT.
O resultado é de todos conhecido. O PT de Lula e Dilma destaca-se entre as legendas marcadas pela corrupção.
E novamente os aliados de José Sarney figuram entre os protagonistas. A filha Roseana e o ministro Edison Lobão são figuras carimbadas nas listas de políticos beneficiados com os esquemas de corrupção da Petrobras.
Sarney deveria se arrepender da maior parte da sua vida pública, por tudo de nefasto que cometeu contra o interesse público, enlameando a República e o Maranhão.
O pai e a filha chegam ao fim da carreira da pior maneira possível. Ele, arrependido; ela, sumida e ameaçada pelas denúncias da Operação Lava Jato.
A Justiça vai agir.
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