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sábado, 13 de dezembro de 2008

PSTU: NEM JACKSON NEM SARNEY

O PSTU divulgou nota sobre a conjuntura estadual, reafirmando sua crítica aos grupos Sarney e Jackson.
O texto expõe as mazelas dos “40 anos de oligarquia” e destaca que, apesar do discurso libertador, “Jackson adotou o mesmo caminho dos governos anteriores”.

Os socialistas unificados criticam ainda a postura de alguns movimentos sociais, como o MST, um dos mais ativos na defesa da Frente de Libertação e do mandato de Jackson Lago.

“Frente às duas alternativas burguesas, alguns tentarão nos convencer que Jackson é mais de esquerda e que todos devemos nos unir para evitar a volta dos Sarneys.

Na verdade este discurso serve para justificar a participação de várias organizações dos movimentos sociais num governo que promoveu diversos ataques à classe trabalhadora”, afirma a nota.

LEIA ABAIXO O TEXTO COMPLETO

Nem Jackson, nem Sarney! Por um governo dos trabalhadores do campo e da cidade.

Atualmente, a população vive um clima de incerteza quanto ao futuro político do nosso Estado. Será julgado na próxima semana pela Justiça Eleitoral o pedido de cassação do mandato do governador Jackson Lago (PDT) feito pelo Grupo Sarney.

Para nós do PSTU trata-se de uma disputa entre dois campos políticos pelo controle do Estado, onde qualquer um que saia vencedor continuará a aplicar a mesma política que mantém a população maranhense na miséria e exploração.

Sarney nunca mais!

Durante 40 anos o Maranhão foi governado por membros da oligarquia Sarney. Por todo este tempo a população maranhense sofreu com a falta de políticas públicas de saúde, educação e saneamento básico.

No campo, a expansão dos latifúndios agravou as tensões sociais trazendo a fome para milhões de trabalhadores. Na cidade, os grandes empreendimentos trouxeram somente destruição ambiental e benefícios para alguns poucos, enquanto para a grande maioria restou o desemprego.

O resultado desta política para o Maranhão foi uma tragédia social expressa pelos altos índices de mortalidade infantil, analfabetismo e desnutrição.

O PSTU diz Sarney nunca mais porque Roseana representa no Maranhão a aplicação da política neoliberal de desmonte do Estado empreendida por FHC e o PSDB através dos processos de privatização e liquidação de empresas como a COPEMA, EMATER, CEMAR, BEM etc.

A Família Sarney durante 40 anos se notabilizou pelos inúmeros escândalos de corrupção envolvendo seus membros e apadrinhados com empreiteiras e construtoras (Estrada Paulo Ramos - Arame, Caso Lunus etc)

Nem Roseana, nem Jackson!

A vitória de Jackson em 2006 é a resultante de um sentimento de mudança e indignação com os 40 anos da família Sarney que havia na população maranhense.

Apesar do discurso progressista e libertador, o governo Jackson adotou o mesmo caminho dos governos anteriores, atuando sempre contra os trabalhadores como no caso da política salarial dos professores e a favor dos lucros dos grandes latifundiários com o agronegócio.

O estouro de casos de corrupção envolvendo empresas que financiaram suas campanhas eleitorais (caso Gautama) e o uso de recursos públicos de programas do governo para compra de votos, além de colocar um sinal de igual em Roseana e Jackson, mostram a farsa que são as eleições burguesas.

Elas não passam de um jogo de cartas marcadas onde ganha quem tem mais dinheiro e que servem para manter a dominação dos ricos e poderosos.

Frente às duas alternativas burguesas, alguns tentarão nos convencer que Jackson é mais de esquerda e que todos devemos nos unir para evitar a volta dos Sarneys.

Na verdade este discurso serve para justificar a participação de várias organizações dos movimentos sociais num governo que promoveu diversos ataques a classe trabalhadora.

Por esta razão, é preciso que a CUT, o MST e os demais movimentos sociais, frente aos ataques promovidos pelo governo Jackson e os que virão com o aprofundamento da crise econômica mundial, defendam uma saída através da mobilização e das lutas por salário digno, emprego e terra.

Um chamado para construir uma alternativa classista!

A partir das experiências realizadas pelos trabalhadores com Sarney e Jackson é necessário construir uma alternativa classista conformada pelos setores mais lutadores do movimento sindical, estudantil e popular.

Uma alternativa que defenda um governo dos trabalhadores do campo e da cidade, sem patrões, com um programa anti-capitalista para o Maranhão reivindicando Reforma Agrária sob controle dos trabalhadores, reestatização das empresas estaduais privatizadas e um plano emergencial de obras públicas.

Se não construirmos este campo classista deixaremos os trabalhadores à mercê de duas alternativas burguesas que têm o mesmo projeto político.

Neste momento grave de crise em que nos encontramos, reafirmamos que somente a luta pela transformação da sociedade atual que se baseia na exploração e na humilhação da maioria para que uma minoria usufrua de quase toda riqueza, será capaz de retirar nosso Estado e a humanidade da barbárie social em que se encontra.

São Luís, 12 de dezembro de 2008.

Direção Estadual do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado

Um comentário:

Unknown disse...

POR UM GOVERNO DOS TRABALHADORES NO MARANHÃO!


Aproxima-se o julgamento pelo TSE do processo de pedido de cassação do Governador Jackson Lago. Mais uma vez na história do Maranhão, os conflitos políticos intra-oligárquicos ganham corpo nos tribunais superiores da justiça.

Nós do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) no Maranhão reafirmamos todos os documentos anteriores sobre a conjuntura estadual onde mostramos que a Frente de Libertação nada mais foi do que uma renovação do processo oligárquico de nosso estado, como aconteceu com as "Oposições Coligadas" de Sarney contra Vitorino.

Jackson Lago manteve e mantém as mesmas práticas corruptas, clientelistas e de poder do Grupo Sarney. Práticas fisiológicas, inclusive, para ganhar as eleições com os convênios e desvios de dinheiro público feitos pelo então governador e aliado de plantão José Reinaldo Tavares com prefeitos e demais políticos, a exemplo dos dois candidatos que disputaram o segundo turno da prefeitura de São Luís, João Castelo e Flávio Dino.

A principal vítima da política destes dois grupos oligárquicos, a população do Maranhão, continua sofrendo com a falta de investimentos nas áreas sociais e a proliferação da pobreza em nosso estado. Tanto Jackson quanto Sarney governaram e governam ao lado de poderosos, de donos do agronegócio, de donos de empreiteiras fraudulentas e contra os trabalhadores deste estado.

Um exemplo disso foi o brutal ataque desferido por Jackson Lago contra a educação pública e os educadores do Maranhão, da mesma maneira que fez Roseana Sarney e sua política neoliberal, de ataque aos trabalhadores da educação com a retirada de direitos e destruição do Estatuto do Magistério.

Hoje, comprovamos que a esperança de muitos em tirar a oligarquia Sarney do poder tornou-se uma grande frustração. Os métodos para chegar ao poder foram os mesmos adotados durante os 40 anos da velha oligarquia, utilizando a máquina do estado para contratações de empresa fantasmas, para realizar obras que nunca saíram do papel, prejudicando os interesses da maioria da sofrida população maranhense.

Acreditamos que somente a classe trabalhadora deste Estado vai acabar de vez com estas estruturas oligárquicas que comandam o Maranhão. A troca de poder por grupos que mantêm a cultura do favor e se aliam em períodos eleitorais por conveniências políticas e econômicas não vai tirar o Maranhão do atraso e da pobreza.

JACKSON e SARNEY NUNCA MAIS!

Diretório Estadual do PSOL-MA