Oficialmente, o PDT faz parte
da coligação “Muda São Luís”, cujo candidato a prefeito é o deputado federal
Edivaldo Holanda Junior (PTC), ungido por Flavio Dino (PCdoB).
A aliança trabalhista-cristã
é abençoada pelo deputado federal Weverton Rocha, herdeiro político do
ex-governador Jackson Lago.
Outra parte do PDT integra a
campanha à reeleição do prefeito João Castelo (PSDB). Os secretários municipais
Julio França e Clodomir Paz preferem o conforto do ninho tucano a uma aventura com
Holanda Junior.
O PDT é tão grande que ainda
sobrou um fragmento para o ex-prefeito e ex-trabalhista Tadeu Palácio (PP).
Circula na internet uma foto
com várias lideranças pedetistas abraçando a candidatura de Palácio, entre as
quais estaria o ex-deputado estadual Rubem Brito.
Ninguém pode desprezar a
influência do PDT nas eleições de São Luís. Desde o primeiro mandato de Jackson
Lago na Prefeitura, em 1988, os trabalhistas começaram a montar uma poderosa
teia política na cidade.
O partido tem uma expertise
no ramo de capturar lideranças comunitárias, gestores de escolas, grupos de
jovens, igrejas, escolinhas de futebol amador, organizações carnavalescas,
folclóricas, diretores de postos de saúde e uma vasta rede de operadores do
micropoder urbano, estendendo-se aos longínquos bairros da zona rural.
Um dos organizadores dessa
rede é Clodomir Paz, homem forte de todos os mandatos do PDT em São Luis e na
curta temporada de Jackson no Governo do Estado.
Clodomir é mau candidato, mas
excelente organizador de campanha. Conhece cada palmo da cidade e sabe fazer o
voto chegar na urna. O apoio de Paz é fundamental na corrida de Castelo à
reeleição.
Weverton Rocha é o sucessor
ungido por Jackson Lago no PDT. Com o apoio do cacique nacional Carlos Luppi,
defenestrou quase todos os adversários na disputa pelo controle cartorial da
legenda.
Clodomir Paz e Weverton Rocha
representam duas gerações do PDT no controle de São Luís desde 1988, culminando
em 2008 com o apoio do então governador Jackson Lago ao tucano João Castelo.
Aí já se vão 24
anos...podendo ampliar mais. Ganhando Castelo, Tadeu ou Edivaldo, o PDT
continua na Prefeitura e reagrupa tudo.
Em 2012, aparentemente, só
ficaram fora da eleição os pedetistas Igor e Clay Lago, respectivamente, filho
e ex-esposa de Jackson Lago.
Ambos foram banidos da
estrutura dirigente do PDT por Weverton Rocha. Restaram a Igor e à viúva de
Lago a criação do Comitê da Resistência Democrática, autor de diversos
manifestos que expõem as vísceras do brizolismo ludovicense.
Jackson Lago não merecia isso
daquele menino que ele abraçava nos palanques do Maranhão inteiro anunciando
como seu sucessor no PDT.
Um comentário:
Apenas colocas uma luz negra na história de JAckson Lago quando relaciona W.R como seu herdeiro político. Talvez todos estes fatos mudem este partido que muito me intriga e a custas dos desmandos hoje inexiste ideologcamente.
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