Uma nova camada de humilhação ao PT sarneísta configurou-se no troca-troca de secretários do governo Roseana Sarney (PMDB).
A governadora enxotou de vez o petismo maranhense do governo dela. Dos cargos que tinha, o PT perdeu todos e não indicou substitutos.
Saíram José Costa da Secretaria de Ciência e Tecnologia, Rodrigo Comerciário da Articulação Institucional e José Antonio Heluy da pasta do Trabalho e Economia Solidária.
Qualquer partido pragmático e viciado na lógica de ocupação de espaços exigiria a manutenção dos cargos sob o controle da legenda.
O PT sarneísta é tão submisso que sequer conseguiu manter os postos outrora ocupados por Costa, Comerciário e Heluy, os dois últimos candidatos declarados a deputado em 2014.
Na verdade, o PT ficou sem condições de pedir nada, porque Roseana impôs a retirada de todos os secretários colegas de Lula.
NOVO PETISTA
O PT do Maranhão já tinha perdido o vice-governadoria com o arranjo que levou Washington Oliveira (WO) ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), situação posta em dúvida pelo TJ, que não enxerga em WO condições para aconselhar nem menino traquina.
Além de perder os secretários, o PT sarneísta permitiu o ingresso de Fabio Gondim, ex-secretário de Gestão e Previdência, para disputar a vaga de deputado federal.
Novo filiado, Gondim vem com todo gás para ganhar a eleição, disputando com outro pretendente à Câmara Federal, o atual deputado estadual Zé Carlos.
AVALISTA
Roseana humilhou o PT novamente porque sabe que tem o aval de Lula, Dilma e também do chefe-maior Rui Falcão - este ainda mais destratado pela filha de Sarney.
Em abril, a tática de Sarney é expurgar o PT maranhense do secretariado. Quando junho chegar, deve chamá-lo à reedição da aliança com o PMDB. É simples: tira agora e devolve depois, criando um novo fato político.
Sem nenhum secretário, o PT vai encenar a comédia de que precisa de espaços na aliança com o PMDB, reivindicando novamente a vice-governadoria, desta feita na chapa liderada por Luis Fernando Silva (PMDB).
A direção nacional do PT, com o destratado Rui Falcão à frente, já fez a sua parte: legitimou a eleição fraudada de Raimundo Monteiro na presidência do diretório estadual.
Em 2014, nem será preciso votar para definir a tática eleitoral. Monteiro já tem maioria folgada para definir a aliança com o PMDB e indicar o vice de Luis Fernando Silva.
A Resistência Petista, favorável à aliança com Flavio Dino (PCdoB), vai fazer um encontro separado para declarar apoio ao comunista.
Dino fica com a militância histórica petista. Sarney ganha o caríssimo e cobiçado tempo de propaganda eleitoral do PT.
Mas parece que dessa vez nem as manobras de Lula vão conseguir salvar o amigo-coronel do Maranhão.
Um comentário:
Bela postagem cara Ed Wilson. Nesse contexto que teu artigo estabelece, uma pergunta se faz: até onde vai a subserviência dos companheiros majoritários do PT, escudados por Lula, Dilma e cia?
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