Fumaça tóxica da termelétrica será absorvida no Parque Estadual do Bacanga. Foto: Claudio Castro |
A
Termelétrica do Itaqui, onde está localizada a maior chaminé de São Luís, já
começou a expelir a fumaça proveniente da queima de carvão mineral.
Proveniente da Colômbia, o carvão mineral é altamente poluente, rejeitado no mundo inteiro, mas prontamente
acatado no Maranhão pelos órgãos de licenciamento ambiental.
Montanhas de carvão mineral já foram estocados na zona rural de São Luís |
Inspirada nos empreendimentos mirabolantes do especulador Eike Batista, a termelétrica
tem montanhas de carvão mineral estocados para a queima, na zona rural de São
Luís, onde vivem milhares de famílias.
TERMELÉTRICA AMEAÇA RESERVA DE ÁGUA
A
termelétrica fica localizada a menos de 7 km, em linha reta, do Parque Estadual
do Bacanga, onde estão instalados vários poços da Caema, responsáveis pelo
abastecimento de 20% da água da capital.
Em 2012, ainda em fase de conclusão, a maior chaminé da ilha está em pleno funcionamento. |
O parque
vai funcionar como pluma de contaminação, absorvendo as substâncias tóxicas
emanadas da queima do carvão mineral. O risco de contaminação dos lençóis subterrâneos é grande, em uma cidade que já vive o colapso no abastecimento d'água
Os poluentes espalhados no ar vão atingir
indistintamente toda a população: ricos e pobres.
Ninguém
é contra a implantação de indústrias no Maranhão, mas as condições geológicas
de São Luís (uma ilha de solo poroso) não adequam-se a esse tipo de indústria
pesada.
Dentro
da ilha deveriam ser instalados outros arranjos produtivos, capazes de gerar
emprego sem fortes impactos ambientais. Uma política agrícola para a zona rural
da ilha também poderia ser um importante incremento na economia local.
ALUMAR É SEGREDO
A
termelétrica é mais uma prova da concepção de “progresso” nociva aos interesses
da população. Eike Batista é homem de negócios muito próximo da oligarquia
Sarney, que controla o setor de energia, sob a tutela da Cemar, privatizada em
2000, no governo Roseana.
Na ilha
de São Luís funciona também a Alumar, implantada no governo João Castelo,
denunciada por vários ambientalistas pelos lagos de lama vermelha, onde estão
depositados rejeitos de bauxita e ninguém tem acesso para fiscalizar.
Diferente
da poluição da Alumar, que não fica visível nem é acessível à fiscalização, a
fumaça da termelétrica já começa a assustar.
A foto
do fumaceiro é do jornalista Claudio Castro.
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