A família Cutrim, aliada histórica da oligarquia
Sarney no Maranhão, converteu-se ao comunismo.
Diante do fracasso de Edinho Lobão (PMDB),
candidato dos Sarney ao governo, os Cutrim mudaram de lado.
O chefe do clã e presidente do Tribunal de
Contas do Estado (TCE), Edmar Cutrim, deu o comando para seus dois filhos
subirem no palanque de Flavio Dino (PCdoB), líder em todas as pesquisas ao
governo.
O prefeito de Ribamar, Gil Cutrim (DEM), foi
primeiro e levou a reboque o irmão, Glaubert Cutrim, candidato a deputado
estadual com eleição garantida.
Sentindo o cheiro de um novo poder, o
conselheiro-mor do TCE foi grampeado em conversas telefônicas, supostamente
aliciando prefeitos para a causa dinista.
A governadora Roseana Sarney (PMDB) reagiu
irada. Foi à casa de Edmar tomar satisfações, levando à tira-colo o marido
Jorge Murad.
Acostumada a dar ordens e receber os políticos
em palácio, Roseana passou por uma das maiores humilhações da sua vida – um chá
de cadeira na casa do presidente do TCE.
Desde 2000, nomeado por Roseana, Edmar controla
o tribunal, diversas vezes denunciado por aliciamento de prefeitos para
beneficiar a oligarquia Sarney.
Somente agora, porque estaria beneficiando
Flavio Dino, a mídia sarneísta viu defeitos no conselheiro Cutrim.
Quando servia Sarney, Edmar era bom. Agora, é
um traidor abominável.
Para a oposição, o presidente do TCE virou vítima das maldades da oligarquia.
Assim caminha o Maranhão, com a provável
liderança de Flavio Dino.
Só não se sabe o que os comunistas vão fazer
com os novos aliados. Manterão os privilégios dessa gente? Dino romperá com o
clientelismo? Muda o governador mas permanece o sistema?
É cedo para julgar. No Maranhão surreal, tudo é
possível.
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