O resultado das eleições 2014 revelou pelo menos uma
surpresa: o deputado federal Domingos Dutra (SD) não conseguiu a reeleição.
Considerado bom de voto pelos aliados e adversários,
esperava-se Dutra na faixa de 80 mil sufrágios, repetindo a votação de 2010, mas
ele ficou apenas nos 40 mil, metade do ano anterior.
Um dos principais críticos da oligarquia, fazendo a campanha
totalmente focada e personalizada no combate a José Sarney, a quem apelidou de
“futi”, o ex-petista Domingos Dutra não se reelegeu justamente no momento
histórico mais importante do Maranhão – a derrota de Sarney.
Foi, sem dúvida, uma injustiça. Dutra merecia ganhar na
eleição em que Sarney perdeu.
Ameaçado de expulsão do PT, por não ter se rendido à aliança
com o PMDB, Dutra mudou de partido. Ingressou no Solidariedade (SD).
Bira do Pindaré, também ameaçado de expulsão, migrou para o
PSB.
Ao contrário de Dutra, que perdeu, Bira foi reeleito
deputado estadual com quase 40 mil votos.
O primeiro mandato foi marcado por uma oposição consistente
ao governo Roseana Sarney (PMDB), credenciando-o à reeleição.
Bira foi eleito com méritos e está cotado para ser o líder
do governo Flávio Dino (PCdoB) na Assembleia Legislativa, mas enfrenta um
constrangimento – o PSB declarou apoio a Aécio Neves (PSDB).
Militante histórico do PT, onde fez toda a carreira
política, Bira sempre foi alinhado de primeira hora das campanhas de Lula e
Dilma.
Agora, enfrenta a situação delicada de estar em um partido
que apoia o tucano Aécio Neves.
Se Aécio vier fazer campanha em São Luis, Bira deve viajar.
Não faz sentido caminhar ao lado do tucano, se no coração de
Bira ainda bate PT.
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