Este blogue repercutiu (veja aqui) a iniciativa de vários escritores, alguns deles vencedores de prêmios literários, reivindicando a recuperação do prédio onde funcionou o Sioge, parque gráfico e editorial de grande importância na edição de obras e realização de concursos literários.
Ocorre que o prédio do Sioge foi cedido para a UFMA pelo Governo do Estado, conforme a Nota de Esclarecimento abaixo.
Em que pese a cedência, nada invalida o pleito da comunidade literária, que pode ter as suas reivindicações atendidas em outro local. O que não falta é prédio abandonado no Maranhão.
Veja a nota da UFMA
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A propósito de notícias sobre a utilização do antigo prédio
do SIOGE – Serviço de Imprensa e Obras Gráficas do Estado - em que é sugerido
resgatar a sua antiga função, supostamente atribuída ao posicionamento de uma
“comunidade literária”, a Universidade Federal do Maranhão divulgou nota
oficial para esclarecer a opinião pública e repor a verdade dos fatos. A
seguir, a íntegra da nota.
“A Universidade Federal do Maranhão vem a público informar a
sua posição sobre a cessão do prédio do SIOGE onde vai funcionar o futuro Museu
de Arqueologia da instituição;
1 - O prédio do SIOGE foi cedido para a UFMA pelo governo
estadual por um prazo médio de 20 anos para abrigar o futuro Museu de
Arqueologia do Maranhão, e também o curso de graduação de Arqueologia, em
processo de criação;
2 - A cedência prevê a recuperação e a requalificação total
do prédio por parte da UFMA que já garantiu, via Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, os recursos para cumprir com este
objetivo;
3 - Estão previstos recursos no valor de R$ 11 milhões para a
recuperação do prédio, que deverão ser repassados pela Petrobrás como
compensação ambiental para a recuperação do prédio, chamado de Fábrica Progresso,
e que pertencia ao antigo conjunto de fábricas de tecidos de São Luís;
4 - O Museu irá abrigar inicialmente o conjunto de 78 mil
peças de povos pré-históricos e do período da colonização do Maranhão que foram
encontradas, identificadas e catalogadas no processo de escavação da refinaria
Premium, e que estão sob a guarda da UFMA na Cidade Universitária até a
transferência deste patrimônio para o museu;
5 - É importante ressaltar que, após a cedência, a UFMA já
realizou uma licitação pública, no dia 29 de julho, para a contratação dos
projetos de recuperação, saindo vencedora a empresa Grillo & Werneck
Projetos Ltda. A empresa já está elaborando os projetos para o início da obra
que ficará sob a orientação do IPHAN;
6 - E, por fim, a UFMA entende a preocupação da comunidade
maranhense pela preservação deste patrimônio, e sente-se ainda mais responsável
por ter tomado a iniciativa de solicitar o prédio e dar-lhe uma nova
funcionalidade, após este ter ficado mais de uma década abandonado e sem
nenhuma utilidade. Com a reforma, para além da preservação, o prédio irá
cumprir a sua função social e, portanto, educacional de manter a história
cultural do Maranhão em relevância.”
Atenciosamente,
Administração Superior da UFMA
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