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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

PROPOSTA PARA FLÁVIO DINO: ESCRITORES SUGEREM A REVITALIZAÇÃO DO SIOGE

Prédio abandonado do Sioge, extinto no festival de perversidades da família Sarney, aguarda os ventos da mudança
O governador eleito Flávio Dino (PCdoB) precisa ouvir a reivindicação da comunidade literária, que vem se posicionando sobre a recuperação de um dos mais importantes equipamentos editoriais do Maranhão - o Serviço de Imprensa e Obras Gráficas do Estado (Sioge), extinto em 1997 pela governadora Roseana Sarney.

Localizado no Centro Histórico de São Luís, nas proximidades do Mercado Central, o prédio do antigo Sioge foi abandonado e sucateado.

Um dos maiores parques gráficos do Nordeste, com destacada atuação no cenário editorial do Brasil, o Sioge chegou a ter 200 funcionários, entre administração e imprensa, reunindo intelectuais, pesquisadores e jornalistas.

Antiga Imprensa Oficial, depois transformada em Serviço de Imprensa e Obras Gráficas, o Sioge tinha um parque gráfico completo, em tipografia e off set, fotomecânica e máquinas de impressão.

Todo esse patrimônio foi destruído pelo governo Roseana Sarney, em 1997. Sobraram apenas as obras e as memórias dos profissionais de imprensa e literatos.

Editava-se também o Diário Oficial Especial, encartado nos jornais locais, enviado às escolas, bibliotecas, associações de escritores e à Biblioteca Nacional. Destacaram-se no Diário Especial produções sobre os escritores Gonçalves Dias, Correa de Araújo, Humberto de Campos, Nauro Machado e tantos outros.

A veia literária do Maranhão tem a tinta do Sioge, impressa nos concursos literários e nas publicações que registraram o talento de escritores, em livros no suplemento literário Vagalume, de referência nacional.

A reativação do Sioge é fundamental no processo de construção de uma política cultural para o Maranhão, recuperando a dinâmica editorial ampliada para publicações, concursos literários, cursos de formação e outros projetos essenciais para fomentar a produção intelectual.

A destruição do Sioge pelo governo Roseana Sarney é mais uma demonstração de desprezo do pai José Sarney pela Literatura, que ele diz admirar tanto.

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