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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

MULHERES LANÇAM CAMPANHA CONTRA A VIOLÊNCIA

Movimentos sociais vinculados à condição feminina deflagraram ontem à noite, na praça de Fátima, em Imperatriz, a campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres.”

Realizada há 18 anos, em 154 países, a campanha tem o objetivo de denunciar e pedir providências para os casos de violência praticados contra mulheres em todo o mundo.

Em Imperatriz, militantes do Fórum de Mulheres montaram uma tenda com exposição de fotos, documentários em vídeo, folders e cartazes para divulgar o evento e chamar a atenção da sociedade sobre o tema.

As organizadoras do evento também estenderam faixas pretas com os nomes de mulheres vítimas da violência. Elas denunciaram que somente em novembro de 2008 quatro mulheres foram assassinadas em Imperatriz. Duas por envolvimento com drogas e duas por namorados.

Crimes passionais contra mulheres têm forte incidência na região tocantina, comentam observadores do sistema policial.

Abrangendo pastorais sociais e escolas, a campanha visa ainda esclarecer a população sobre os benefícios da Lei Maria da Penha e envolver os homens no trabalho de sensibilização sobre o tema da violência contra as mulheres.

Durante a abertura das atividades, várias crianças de escolas locais recitaram poemas em homenagem às mulheres, destacando-as como mães, trabalhadoras do campo e da cidade, parlamentares e profissionais liberais.

A campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”
foi precedida de debates, seminários e palestras em diversos setores sobre a violência doméstica, sexual e no trabalho.

Segundo Gilvânia Ferreira da Silva, integrante do Fórum de Mulheres de Imperatriz, um dos objetivos da campanha é incentivar as mulheres a denunciar os casos de violência. “Elas precisam superar a vergonha e o medo”, afirmou.

A campanha prossegue até dezembro. Nesse período haverá palestras e exibição do material de divulgação nas escolas e entidades da sociedade civil, finalizando dia 10, com a entrega da medalha “Padre Josimo” ao professor Geraldo Costa, militante dos direitos humanos.

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