WO e Monteiro ladeando Roseana em 2010: o desfecho de 2014 pode ser diferente |
O órgão
máximo da reforma agrária, tão importante para o desenvolvimento do Maranhão, seria um balcão de negócios a serviço dos interesses privados dos gestores
petistas.
A
transcrição de gravações telefônicas, reveladas pelo Jornal Pequeno, descreve a
cena grotesca do presidente do PT, Raimundo Monteiro, fugindo da polícia para
não ser preso, escondido na casa de Joãozinho.
A legenda
não merecia esse roteiro de filme de pistolagem.
MÁS
COMPANHIAS
Desde que aliou-se
a José Sarney (PMDB), o partido vem colecionando uma série de derrotas
eleitorais e éticas.
Por meio de
uma intervenção, transformado em vice-governador, Washington Oliveira (WO) operacionalizou
todo o processo de sarneização da petismo, introduzindo os métodos e práticas
oligárquicas na legenda.
O PT passou
a ser gerenciado por um feitor, Raimundo Monteiro, e o próprio WO nomeou-se
capitão-do-mato. Ambos, a serviço da grilagem partidária, sob o comando de José Sarney, fizeram do partido o palco da tragédia.
Orgulhosos
de um tal profissionalismo na política, Monteiro e WO comandaram as operações
de intervenção, contravenção das regras e estatuto, atropelamento das
instâncias e expulsão de filiados.
PERDAS E
GANHOS
No saldo, o
PT perdeu: as bandeiras de luta, o respeito das pessoas, os princípios, dezenas
de filiados decepcionados, os cargos federais e dois parlamentares: Bira do
Pindaré e Domingos Dutra.
O sonho de
governar o Maranhão por uns meses acabou em mais uma derrota, tirando o vice WO
da linha sucessória com o “prêmio” de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado
(TCE).
Porém, não
podemos negar. O PT também ganhou: as páginas policiais, o estigma da oligarquia,
o desprezo da opinião pública, a indiferença do eleitor, a humilhação pública
de Roseana Sarney. Só faltou ganhar imagem de algemas na televisão.
Alguns petistas
ficaram ricos e WO foi recompensado com um cargo vitalício, onde passará os
últimos dias da sua vida apreciando o diploma de traidor em uma parede
empoeirada.
Na
atualidade, o partido está assim: o feitor é vigiado pela polícia, o capitão-do-mato
escondeu-se no TCE e o dono da fazenda grilada está preocupado com a ocupação das
suas terras.
Em outubro
haverá cenas dos próximos capítulos dessa novela de quinta categoria.
Um comentário:
Caro Ed Wilson, com todo respeito que tenho pelo companheiro "Raimundinho do PT", (liderança do SINDSEP), co-fundador do PT em Codó, juntamente comigo; devo concordar com essa opinião deveras coerente e altamente crítica ao petismo pós-moderno. Devo considerar duas questões básicas em rrelação ao seu artigo contundente: 1. do ponto de vista tático, o PT confundiu apropriação do poder pelo poder por alternância de poder (uma coisa oposta frontalmente à outra); 2. Instituiu uma espécie de iniquisição semelhante ao que a Igreja Católica manipulou na Idade Média para controlar qualquer pessoa que discordasse de seu ponto de vista aos filiados que ousassem contrariar sua tática política de conquista do poder político regional. É lamentável testemunharmos o desmantelamento, o esfacelamento de uma agremiação partidária que se tornou uma referencia para todos nós. E, agora, tornou-se mero apendice para o grande "Califa das Arabias do MA". Finalmente, reforço que a desideologização do projeto original do PT, constituiu-se na sua marca na perspectiva decadente e imoral.
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