Edvaldo
Holanda Junior (PTC), Eliziane Gama (PPS), Roberto Rocha (PSB) e Tadeu Palácio
(PP) foram escalados por Dino e Reinaldo para determinarem entre si o nome de
uma das oposições ao prefeito João Castelo (PSDB) e à candidatura da oligarquia
Sarney (PT/PMDB).
Mas, quando
ia começar o segundo tempo do jogo, José Reinaldo mudou de time e passou a
integrar a equipe do prefeito João Castelo (PSDB), na condição de secretário de
governo, o equivalente a chefe da Casa Civil ou primeiro-ministro, guardadas as
devidas proporções.
Não há nada
de surpreendente na atitude do ex-governador José Reinaldo. Para quem passou a
vida inteira servindo à oligarquia Sarney, qual o problema em aliar-se a
Castelo?
Trata-se de
um acerto de contas entre dois velhos caciques da política maranhense, ambos
talhados na mesma base oligárquica.
É simples
também o argumento de Reinaldo. Em 2014 ele pretende montar uma chapa
majoritária com Castelo, proclamando-se “oposição” a Sarney.
No
raciocínio reinaldista, é preciso reeleger Castelo em 2012, estimulando o
prefeito a uma disputa majoritária em 2014.
Reinaldo não
só desmontou o quarteto que ele próprio criou, como arrastou para a base
castelista as metades do PPS e PSB, partido ao qual é filiado e tem pré-candidato
a prefeito – Roberto Rocha.
Nesse gesto
José Reinado vingou-se da traição de Rocha em 2010, quando Roberto foi
candidato ao Senado só para atrapalhar a oposição e favorecer a eleição dos
peemedebistas João Alberto e Edison Lobão.
Pregador da
mudança, idealizador da Frente de Libertação do Maranhão, consultor ad hoc das
mil faces da oposição, José Reinaldo repetiu o erro do ex-governador Jackson
Lago, que abandonou a candidatura de Flavio Dino (PCdoB) à prefeitura de São
Luís em 2008 e jogou toda a máquina do governo para eleger Castelo.
Como se vê,
a opção pelo atraso vem de longe. José Reinaldo só acrescentou um novo
capítulo. O livro é grosso e tem muitas páginas em branco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário