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quarta-feira, 23 de maio de 2012

ESTUDANTES DE MONTES ALTOS FAZEM PROTESTO PARA DENUNCIAR O ABANDONO DA ÚNICA ESCOLA DE ENSINO MÉDIO





Revoltados, estudantes cobram do governo melhorias na educação. Paralisação deve durar todo o dia de hoje 23.

Fonte: www.dominuto.com
Cadeiras quebradas, ventiladores sem proteção, ora falta livros, ora falta de professores, ausência de merenda escolar, banheiros imundos, paredes caindo aos pedaços, telhas quebradas, fiação elétrica exposta, bebedouros mal conservados, infiltrações e tantos outros problemas que não deviam ter em um ambiente escolar, acontecem na Escola Parsondas de Carvalho, no município de Montes Altos, a 60 km de Imperatriz.
Por isso, esta quarta-feira (23) pretende ser um dia histórico na cidade, quando a partir das 7h os estudantes da escola irão às ruas realizar uma extensa manifestação que pretende durar o dia todo. Insatisfeitos com a situação precária da escola que é a única que oferece o ensino médio, eles prepararam cartazes, carros de som e uma passeata pelas ruas da cidade.
Além disso, convidaram a promotoria, o Conselho Tutelar e outros órgãos para conhecer de perto o descaso com a educação na região. A direção da escola e os professores não se “manifestaram” contra a iniciativa dos alunos, mas muitos possuem receio de falar sobre o assunto.
A manifestação de hoje embora pacífica, pretende chamar atenção principalmente do Governo do Maranhão, uma vez que a escola é de competência do estado. Ao saber da visita de Roseana Sarney pelo sul do Maranhão, os estudantes pedem que seja incluída uma visita da governadora na cidade, para que a mesma confira “in loco” a situação da escola e tome providências urgentes.
Os estudantes são as principais vítimas e testemunhas do retrocesso com que passa a escola da região.   “Não estamos tendo aulas normais, às vezes tenho apenas duas aulas. O terceiro ano, que é a minha turma, não tem professor para as disciplinas de Geografia, Matemática, Sociologia, Filosofia, Física e Artes. Algumas turmas tem aula de Matemática outras, como as turmas noturnas, nunca tiveram aula de Português”, disse Gabriela Cirqueira, aluna do 3º ano do Ensino Médio.
Dentre as várias reivindicações, está a de que a escola não dispõe de recursos para realização de provas; faltam papel e máquina de xérox, por isso em dias de avaliação, é preciso que os próprios alunos, muitos de baixo poder aquisitivo, paguem para que as provas sejam realizadas.
Os pais dos alunos também demostram insatisfação com a unidade escolar. “No momento acho que meu filho não pode ter uma educação de boa qualidade nessa escola. Com a falta de educadores os alunos vão ter dificuldade de conhecimento, principalmente os alunos do terceiro ano, que vão prestar o exame do Enem, vão ter baixo desempenho em algumas disciplinas que não foram aplicadas neste primeiro semestre. Com certeza terão uma grande deficiência no seu desempenho”, disse com preocupação Sérgio Belfort, técnico de futebol e pai de aluna.

Um comentário:

Ronilson disse...

É isso ai galera.
FORÇA...
vamos lá para a melhoria desse colégio...