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domingo, 15 de julho de 2012

CEMITÉRIO JOSÉ SARNEY

Um novo capítulo no culto à personalidade do senador José Sarney (PMDB-AP) foi escrito pela submissa Assembléia Legislativa do Maranhão, ao aprovar a criação da Fundação da Memória Republicana Brasileira.

A versão maranhense do stalinismo à la Sarney vai servir para abrigar 44 cargos em comissão, em uma estrutura de secretaria estadual.

A denúncia foi feita pelo deputado estadual Bira do Pindaré (PT), que votou contra a criação da sinecura.

Segundo Bira do Pindaré, o projeto “fere a constituição e cultua o personalismo de uma figura política controversa.”

Para o deputado petista a aprovação do projeto e a criação dos 44 cargos é um absurdo, um erro, um escândalo, uma vergonha para o Estado do Maranhão.

“É uma autolouvação daquele que comanda a política no Estado e que chefia em grande medida esse modelo oligárquico existente no Maranhão, que é o modelo concentrador de poder e concentrador de riqueza”, concluiu.

Típico dos ditadores arcaicos, Sarney mandou fazer um mausoléu no Convento das Mercês, uma construção que poderia abrigar projetos importantes para o Maranhão.

O curso de Filosofia, História e assemelhados ficariam bem mais adequados à arquitetura do convento, um prédio de valor histórico, desfigurado como armazém das quinquilharias do ex-presidente José Sarney e da sua desastrosa passagem pela Presidência da República, de onde saiu pela porta dos fundos.

Como tudo no Maranhão carrega essa herança maldida, da maternidade aos tribunais, “batizados” com o mesmo sobrenome, fica a sugestão para que a Fundação da Memória Republicana Brasileira receba a denominação de “Cemitério José Sarney.”

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