Um novo capítulo no culto à personalidade do senador José
Sarney (PMDB-AP) foi escrito pela submissa Assembléia Legislativa do Maranhão,
ao aprovar a criação da Fundação da Memória Republicana Brasileira.
A versão maranhense do stalinismo à la Sarney vai servir para
abrigar 44 cargos em comissão, em uma estrutura de secretaria estadual.
A denúncia foi feita pelo deputado estadual Bira do Pindaré (PT), que votou
contra a criação da sinecura.
Segundo Bira do Pindaré, o projeto “fere a constituição e
cultua o personalismo de uma figura política controversa.”
Para o deputado petista a aprovação do projeto e a criação
dos 44 cargos é um absurdo, um erro, um escândalo, uma vergonha para o Estado
do Maranhão.
“É uma autolouvação daquele que comanda a política no Estado
e que chefia em grande medida esse modelo oligárquico existente no Maranhão,
que é o modelo concentrador de poder e concentrador de riqueza”, concluiu.
Típico dos ditadores arcaicos, Sarney mandou fazer um mausoléu
no Convento das Mercês, uma construção que poderia abrigar projetos importantes
para o Maranhão.
O curso de Filosofia, História e assemelhados ficariam bem
mais adequados à arquitetura do convento, um prédio de valor histórico,
desfigurado como armazém das quinquilharias do ex-presidente José Sarney e da
sua desastrosa passagem pela Presidência da República, de onde saiu pela porta
dos fundos.
Como tudo no Maranhão carrega essa herança maldida, da
maternidade aos tribunais, “batizados” com o mesmo sobrenome, fica
a sugestão para que a Fundação da Memória Republicana Brasileira receba a
denominação de “Cemitério José Sarney.”
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