Reportagem deste domingo, no Jornal Pequeno, aponta o
surgimento do operador João Batista Magalhães, ou "Magaiver", nas escutas
telefônicas da Polícia Federal. Ligado ao vice-governador Washington Oliveira,
o WO do PT, "Magaiver" foi salvo em 2011 por um habeas corpus.
POR OSWALDO VIVIANI
(Jornal Pequeno)
O juiz estadual Sidarta Gautama Farias Maranhão (de Caxias),
o empresário Eduardo José Barros Costa (filho da prefeita Arlene Costa, do
município de Dom Pedro, e dono da construtora Imperador) e dois suspeitos de
praticar agiotagem – Gláucio Alencar Pontes Carvalho e João Batista Magalhães –
aparecem em escutas da Polícia Federal feitas em janeiro de 2010.
Os 'grampos'
da PF dariam subsídios para a operação 'Capitanias Hereditárias' (ou
'Donatários'), desencadeada no fim de fevereiro de 2011, que revelou desvios de
R$ 150 milhões em recursos federais no Instituto Nacional de Reforma Agrário
(Incra) do Maranhão e derrubou a cúpula do órgão no estado. [...]
'Magáiver' – João Magalhães às vezes é tratado, nas conversas
'grampeadas', pelo apelido de 'Maga'. Também é chamado de 'Magáiver' – numa
provável alusão a Angus MacGyver, personagem de uma famosa série de TV
('Profissão Perigo'), exibida no Brasil nos anos 1980 e 1990. MacGyver era
mestre em escapar de situações difíceis utilizando-se de recursos inusitados.
O apelido não deixa de ser apropriado a João Batista
Magalhães. Suas peripécias foram assunto até de uma reportagem na revista
IstoÉ, em abril de 2011.
Segundo a matéria, Magalhães 'Magáiver' – que já foi
assessor de Washington Luiz Oliveira, vice-governador do Maranhão e atualmente
candidato do grupo Sarney à eleição para prefeito deste ano – se escondeu na
sede do Partido dos Trabalhadores, em Brasília, para não ser preso durante a
operação 'Astiages'. Ficou lá até conseguir um habeas corpus para seguir livre.
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