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sexta-feira, 15 de julho de 2016

RODRIGO MAIA TOMOU TRÊS CALMANTES E FEZ DOIS DISCURSOS VAZIOS

Rodrigo Maia é a versão 2.0 do velho PFL Foto: Zeca Ribeiro

A eleição de Rodrigo Maia para a presidência da Câmara dos Deputados empoderou o velho PFL, na versão 2.0, Democratas, a transmutação pós-moderna da UDN.

Maia é a síntese do Centrão original, que derrotou o pirata, configurado no adversário Rogério Rosso (PSD).

A única vantagem dessa troca é a virada de página que tira de cena o nocivo Eduardo Cunha (PMDB) e seu lugar tenente Waldir Maranhão (PP).

Nada mais.

Ao fim da votação, Rodrigo Maia sentou na cadeira de presidente e fez um discurso patético.

Como se estivesse no confessionário do Big Brother, disse ter tomado três calmantes e repetiu a velha cantilena dos seus comparsas do plenário: agradeceu o pai, a mãe, os filhos e fez homenagem especial ao  caçula botafoguense - Rodriguinho.

Foi um insulto. O Brasil não está interessado na vida privada do deputado, a não ser se houver dinheiro público desviado para os mimos da família dele.

Mais que alívio, a troca de Cunha por Maia deve gerar muita preocupação.

O novo presidente da Câmara dos Deputados tem linha direta com o presidente interino Michel Temer (PMDB) e vai colocar em pauta o pacote de maldades do governo.

Virão aí projetos para retirar direitos trabalhistas, privatizar e deixar as pessoas morrerem sem qualquer direito a aposentadoria.

Não esperemos de Rodrigo Maia qualquer agenda positiva. Ele representa o Centrão original, é um descendente ideológico da elite nefasta do Brasil e traz no DNA o signo genético do pai, Cesar Maia, que dispensa apresentações.

A cara de bom moço não atenua os maus princípios político-ideológicos que ele carrega a vida toda.

Rodrigo Maia é o mais do mesmo da velha elite parasita do Brasil, com uma diferença, apenas: Cunha é um tirano assumido. Maia é disfarçado.

Talvez por isso tenha tomado três calmantes.

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