A APRUMA - Seção Sindical vem a público se solidarizar com o
professor Dr. Glécio Machado Siqueira, do Campus de Chapadinha, que tem sofrido
uma série de agressões homofóbicas e ataques discriminatórios por parte de
alguns alunos que têm utilizado a orientação sexual do mesmo para buscar
desqualificá-lo moralmente e profissionalmente.
Vivemos num país que por suas bases históricas – escravista,
latifundiária e patriarcal – se estruturou sob a perspectiva do racismo, do
machismo e da homofobia. Infelizmente a Universidade brasileira, que deveria
ser um lugar por excelência da reflexão e do diálogo, reproduz também essas
formas de opressão e tem em suas entranhas práticas preconceituosas e
discriminatórias que têm afetado negativamente discentes, funcionários e
docentes.
O aumento das práticas racistas, machistas e
homofóbicas em nossas Universidades e, em especial, os casos ocorridos na UFMA,
não deixam ser reflexos da presença marcante de grupos sociais até então
ausentes dos campi universitários, em virtude das ações afirmativas e
da iniciativa dos movimentos sociais negro, de mulheres e LGBT que não apenas
lutam cotidianamente para galgar espaços e direitos sociais, como também para
reconstruir a autoestima e a valorização das diversas identidades de gênero,
orientação sexual e étnico-raciais.
Sendo assim, a APRUMA - Seção Sindical está entre as entidades
que tem em sua história de luta se notabilizado pela defesa não apenas das questões
vinculadas estritamente ao salário ou à carreira docente, mas tem estado ao
lado de todos e todas que buscam construir uma sociedade igualitária onde não
haja espaço para nenhum tipo de discriminação: homofóbica, racista ou machista.
Por essa razão, estamos colocando toda a nossa estrutura
política e jurídica na defesa do Professor e cobramos a punição daqueles que
estão cometendo atos homofóbicos no campus mencionado.
Não
aceitaremos de forma alguma que práticas como estas sejam consolidadas em nossa
Universidade e buscaremos todos os meios necessários para o fim das mesmas.
Exigimos, também, que os responsáveis administrativos do referido campus não
sejam omissos, sob pena de serem responsabilizados, e que tomem as necessárias
medidas para por fim aos ataques homofóbicos e atos discriminatórios e garantir
a integridade física e moral do professor.
A Diretoria
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