Todas as denúncias de corrupção investigadas pela CPI da
Petrobras têm origem no financiamento de campanha e na troca de favores entre
os governos e as empreiteiras.
Na reportagem “Quatro irmãs: assim atua o capitalismo brasileiro”,
de Adriano Belissário, você vai compreender como funciona o esquema promíscuo
entre o governo e o quarteto que controla os negócios de obras gigantes no
Brasil: OAS, Andrade Gutierrez, Odebrecht e Camargo Correa.
Veja a matéria completa AQUI
Principais beneficiadas com as licitações e os
financiamentos do BNDES, as quatro irmãs são também as maiores doadoras
das campanhas eleitorais.
É simples. Elas fazem doações milionárias aos partidos e
recebem as obras e privilégios do governo em troca.
As quatro irmãs são empresas transnacionais e atuam na
África, América Latina e na Ásia. Além da construção civil, controlam a
privatização de estradas e linhas de metrô, além de investimentos nas áreas
de petroquímica, moda, telefonia e armamentos.
As sandálias Havaianas, por exemplo, são controladas pela
Camargo Corrêa, através do grupo Alpargatas.
Desde a ditadura militar, elas dominam os negócios
envolvendo as grandes obras no Brasil.
A bomba explodiu nas mãos do PT, mas o esquema é antigo e
atravessou todos os governos.
O escândalo tomou proporções maiores porque o PT nasceu e
cresceu pregando ética e correção na política.
Se a roubalheira do dinheiro público fosse com qualquer
outro partido, seria normal ou não haveria tanto espanto.
Com o PT é mais grave, porque o partido fez inverso do
que prometeu. Lula, por exemplo, foi chamado de “meu chefe” pelo presidente da
Odebrecht, na apresentação do projeto do estádio Itaquerão, em São Paulo.
As obras da Copa do Mundo, a construção de hidrelétricas e a
transposição do rio São Francisco estão entre os principais negócios do
quarteto.
Mas, é bom registrar: as relações promíscuas entre o governo
e as empreiteiras vêm de longe.
A reportagem foi publicada no site Outras Palavras.
Ótima leitura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário