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domingo, 16 de novembro de 2014

PRISÕES DA POLÍCIA FEDERAL PODEM ADIAR A RENÚNCIA DE ROSEANA SARNEY

A governadora Roseana Sarney (PMDB) já pensa em adiar ou até deletar a hipótese de renúncia do cargo, diante das prisões desencadeadas pela Polícia Federal na operação Lava Jato.

O clima é de tensão. A cúpula da oligarquia teme que o doleiro Alberto Youssef, preso no luxuoso hotel Luzeiros, no Maranhão, faça novas revelações comprometedoras aos negócios da família Sarney.

A farsa em torno da Refinaria Premium, em Bacabeira, é uma das preocupações.

Há também a suspeita de que Youssef estaria transportando malas de dinheiro, que seria utilizado para subornar integrantes do governo do Maranhão em negociações para o pagamento de precatórios a empreiteiras.

Diante da nova onda de prisões e dos depoimentos dos investigados, Roseana deve mudar os planos e ficar no governo até o final do mandato, em 31 de dezembro.

Roseana precisa do mandato para se proteger de eventuais riscos.

Nos bastidores do Palácio dos Leões estava sendo costurado um acordo para Roseana renunciar dia 5 de dezembro e entregar o governo ao presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo (PMDB), configurando a última ceia da oligarquia Sarney.

Melo foi candidato a vice-governador na chapa derrotada de Edinho Lobão (PMDB). No saldo eleitoral, Arnaldo elegeu a filha, Nina Melo, deputada estadual.

Ele alimenta a expectativa de assumir o governo por 26 dias e assegurar todos os privilégios do cargo, inclusive a aposentadoria como ex-governador.

Com as prisões da PF, Arnaldo pode perder tudo, porque Roseana precisa do mandato até o dia 31 para se resguardar.

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